O Departamento Científico de Toxicologia e Saúde Ambiental da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou na terça-feira (7) o documento científico “Anamnese ambiental em Pediatria”. A publicação tem como objetivo orientar os pediatras durante o acompanhamento do desenvolvimento da criança, identificando, pela história clínica, os principais riscos ambientais e investigando onde a criança vive, brinca, estuda ou trabalha.
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Segundo o documento, a Pediatria Ambiental (Children’s environmental health - CEH) estuda as influências do ambiente sobre a saúde e o desenvolvimento da criança. Teve sua origem nas áreas de Toxicologia, Saúde Ocupacional, Epidemiologia e Toxicologia Pediátrica e alcançou importância crescente nas últimas décadas, integrando atualmente um dos programas em saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo a OMS, a saúde ambiental abrange todos os aspectos da vida humana, incluindo a qualidade de vida em seus aspectos biológicos, químicos, físicos, sociais e psicossociais. Também engloba as medidas teóricas e práticas para avaliar, corrigir, controlar e prevenir fatores ambientais que poderiam afetar de forma adversa a saúde das gerações presente e futuras.
FATORES DE RISCO – As condições ambientais estão entre os fatores determinantes da saúde infantil. Crianças abaixo de 5 anos são as mais afetadas, estimando-se que 26% dos 5,9 milhões de óbitos no mundo neste grupo etário em 2015 estavam relacionados ao ambiente. Entre os principais riscos ambientais que incidem sobre a saúde das crianças estão a qualidade da água, saneamento, poluição, produtos químicos, praguicidas, contaminação de alimentos, radiação, mudanças climáticas, entre outros.
“Atualmente vivemos cercados por milhares de substâncias químicas decorrentes de atividades industriais e agrícolas. Muitas são substâncias novas, que podem oferecer riscos à saúde ainda pouco conhecidos. Enquanto doenças respiratórias, gastrintestinais e alérgicas têm relação bem estabelecida com fatores ambientais, outras alterações como as neurocomportamentais, endócrinas e câncer permanecem em investigação”, dizem os especialistas.
VULNERÁVEIS - Segundo o documento, as crianças nas diversas faixas etárias apresentam características fisiológicas e comportamentais que facilitam maior exposição. Como exemplos, eles citam a maior proximidade com o solo pela sua estatura, o ato de engatinhar ou por levar objetos à boca.
“Em geral, crianças menores têm pouco controle sobre o meio que as cerca, desconhecem os perigos e não têm entendimento próprio para se proteger. Estão em constante crescimento e desenvolvimento, e apresentam maior vulnerabilidade aos efeitos de agentes externos que os adultos. Determinadas exposições que ocorrem em etapas precoces do desenvolvimento podem resultar em doença na infância e persistir como alterações incapacitantes durante toda a vida do indivíduo”, explicam os pediatras.
O documento foi produzido pelo dr. Carlos Augusto Mello da Silva (presidente relator); dra. Ligia Gimenez Fruchtengarten e dra. Rosirene Maria Dall’Agnese (relatoras). Colaboraram ainda o dr. Emerson Silva e dr. Rodrigo Douglas Rodrigues.
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