Os Departamentos Científicos de Dermatologia e de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgaram na última semana o documento científico “Atualização sobre os cuidados com a pele do recém-nascido”. A publicação – que conta com o apoio institucional da Johnson & Johnson – traz as mais recentes recomendações, baseadas em evidências científicas, sobre os cuidados com a pele durante o período neonatal.
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A pele é o maior órgão do corpo, responsável por várias funções, sendo a principal atuar como barreira para evitar a desidratação, a absorção de substâncias nocivas e a invasão de microrganismos. A pele do recém-nascido (RN) exerce função importante na transição do ambiente líquido em que se encontrava para condições aeróbicas extrauterinas, e amadurece gradualmente ao longo da infância.
Durante os primeiros meses de vida, os cuidados com a pele são fundamentais, a fim de manter a integridade da barreira cutânea e garantir seu desenvolvimento saudável. Idealmente, o primeiro banho do RN deve ser adiado até que a estabilidade térmica seja alcançada. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o primeiro banho seja realizado após 24 horas do nascimento ou, se isso não for possível, que seja adiado por pelo menos 6 horas.
O banho precoce deve ser desencorajado, pois interrompe desnecessariamente a amamentação e o contato pele a pele da mãe com o RN, além de aumentar o risco de hipotermia e desconforto respiratório. No entanto, para crianças nascidas de mães soropositivas para o HIV, o primeiro banho deve ser realizado o mais precocemente possível, na tentativa de reduzir o risco de transmissão da doença.
OUTRAS RECOMENDAÇÕES – O documento traz ainda outras recomendações, tais como o uso de óleos naturais, pois estes possuem potencial calmante, atividade antimicrobiana, anti-inflamatória, hidratam, suavizam e diminuem irritações cutâneas, entretanto, é necessário cautela com sua escolha.
De acordo com o documento, a chave para o controle da dermatite da área de fralda está na sua prevenção: a troca frequente das fraldas, a limpeza suave, a exposição da pele ao ar e a aplicação de cremes de barreira são medidas que devem ser adotadas.
Outra importante recomendação para cuidar da pele do RN é evitar a exposição direta ao sol em crianças abaixo de 6 meses. Após os 6 meses de idade, o uso de filtros solares físicos/minerais deve ser incentivado.
Além disso, as unhas devem ser mantidas limpas e curtas, e o corte feito em linha reta, com pouca profundidade. Já o xampu não é essencial para o couro cabeludo, é uma questão de preferência pessoal ou cultural.
Por fim, os especialistas dos DCs de Dermatologia e Neonatologia pedem atenção à possibilidade de absorção percutânea dos produtos de uso tópico, com riscos de toxicidade. “A função de barreira da pele do recém-nascido pré-termo está significativamente comprometida, o que demanda cuidados específicos”, finaliza o documento
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