Com lotação máxima atingida, cerca de 700 pessoas, foi realizada na quinta-feira (5), a conferência sobre "Transtorno do Espectro Autista”, no 40º CBP. O debate foi conduzido pela dra. Liubiana Arantes, dra. Ana Maria Lopes e dr. Márcio Moacyr de Vasconcelos. Nos últimos anos, o assunto ganhou notoriedade e preocupação, seja na mídia, nos ambientes escolares, nas famílias e nas mais diversas áreas da medicina, consolidando a importância desse campo nas pesquisas científicas.
A neuropediatra dra. Liubiana Arantes, presidente do Departamento Científico de Desenvolvimento e Comportamento da SBP, expôs experiências vividas em seu consultório sobre a abordagem diagnóstica, quando suspeitar e quais os primeiros passos a serem tomados. "O segredo da abordagem é a observação, a análise, a confiança e a conexão geradas entre paciente, familiares e pediatra. O papel do especialista vai além do encaminhamento ao psicólogo e terapeuta. É nosso papel acolher e estimular a família na condução correta com a criança diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista (TEA)", declarou.
Na abordagem sobre a Terapia Comportamental e as evidências atuais do autismo, "a intervenção precoce é padrão-ouro de tratamento, pois aumenta o potencial do desenvolvimento social, estimula a comunicação e reduz os danos ao funcionamento intelectual", explicou a dra. Ana Maria Costa. Segundo ela, a terapia com base nas evidências científicas e o projeto terapêutico individualizado são compostos por três pontos: funcionalidade, dinâmica familiar e os recursos oferecidos pela comunidade.
Dentre as modalidades terapêuticas comportamentais apresentadas durante a mesa, baseadas no modelo Denver de Intervenção Precoce para Crianças Autistas, estão: Análise de Comportamento Aplicada (ABA); promover interações e competências sociais; aprendizagem de comunicação receptiva e expressiva e as habilidades cognitivas e motoras. "Lembramos que o projeto terapêutico deve ser individualizado e cabe ao pediatra acompanhar o desenvolvimento da criança", esclareceu dra. Ana Maria.
Caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social e pela presença de comportamento e/ou interesses repetitivos, o TEA é um transtorno do desenvolvimento neurológico. “O autismo é um transtorno que requer tratamento, acolhimento e cuidado. Como pediatra, quero melhorar a qualidade de vida do meu paciente. O segredo é a atualização constante e a busca de tratamentos eficazes no tratamento”, comenta o dr. Marcio Vasconcelos.
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