Reduzir a mortalidade infantil, tendo a amamentação como estratégia, a partir de um pacto com os estados e municípios. Assim a pediatra Elsa Giugliani, presidente do Departamento de Aleitamento Materno da SBP por duas gestões e agora coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, resumiu os objetivos definidos no II Seminário Nacional da área, realizado de 13 a 15 de agosto, em Brasília. Com a presença da dra. Graciete Vieira, atual presidente do Departamento de Aleitamento Materno da SBP (à dir. na foto com dra. Elsa), e de representantes de todos os estados, o encontro foi considerado “muito bom”, pela coordenadora. “Agora cada estado vai trabalhar suas metas e até 15 de setembro receberemos o detalhamento das prioridades de cada um”, acrescentou.
Dr. Dioclécio Campos Jr. participou da abertura, juntamente com dr. Adson França, diretor do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas e coordenador do Pacto pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, que representou o ministro no evento. Ressaltando a importância da parceria com a Sociedade, dr. Adson lembrou sua presença no lançamento da campanha pela ampliação da licença-maternidade de seis meses, em 2005, na Vila Olímpica da Mangueira, no Rio de Janeiro: “Foi o então Secretário de Políticas de Saúde, hoje ministro Temporão quem me pediu que fosse, frisando que não podíamos estar ausentes daquele importante movimento”, contou.
De acordo com dra. Elsa Giugliani, são seis os grandes componentes da política nacional de aleitamento materno: a atenção básica, a atenção hospitalar, os Bancos de Leite Humano, a proteção à mulher, a divulgação e o monitoramento de tudo isso. Este será coordenado pela professora Sonia Venâncio, da USP. A sugestão é “que os estados priorizem em seus projetos os municípios maiores (pelo impacto) e com maior taxa de mortalidade infantil. Vamos trabalhar para atingir uma cobertura que beneficie 10% das crianças (menores de um ano) já no primeiro ano das ações, 20% no segundo e 30% no terceiro”, disse, acrescentando que todos demonstraram “muita garra”. Foi também “unânime” a manifestação sobre a importância de se aferir novamente a prevalência do aleitamento materno, já que os últimos dados nacionais são de 1999.
Saiba mais sobre a campanha pela ampliação da licença-maternidade de seis meses.
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