A Sociedade Brasileira de Pediatria pediu uma adesão maior de empresas à lei que aumentou de quatro para seis meses a licença maternidade
01 de agosto de 2011 | 11h 16
Tiago Rogero – Estadão.com.br
RIO – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou hoje no Rio da abertura da Semana Mundial de Amamentação e do lançamento da campanha nacional deste ano, com o tema “Apoie a mulher que amamenta. Seja um amigo do peito”. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), parceira do ministério na campanha, pediu uma adesão maior de empresas à lei que aumentou de quatro para seis meses a licença maternidade.
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Divulgação/Ministério da Saúde
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A adesão é facultativa. Entre janeiro de 2010 (quando a lei foi regulamentada) e dezembro, 10.518 empresas se comprometeram a conceder os 60 dias adicionais. De acordo com dados do Ministério da Saúde, de 2008, o tempo médio de aleitamento materno exclusivo no Brasil é de 54 dias, muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de seis meses.
Para o presidente do Departamento de Aleitamento Materno da SPB, Luciano Borges, quanto maior o número de empresas que aderir à lei, melhor será o aleitamento. “Há um índice alto de desistência entre as mulheres que voltam a trabalhar”, disse.
Durante o evento, o ministério lançou o Guia dos Direitos da Gestante, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). “A ideia é fazer com que todas as gestantes e famílias saibam dos direitos que têm, desde o pré-natal”, afirmou Padilha. Segundo a representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier, é preciso fazer com que a sociedade brasileira apoie a mãe. “Muitas mulheres ainda sofrem preconceito ao amamentar em público. É um ato que deve gerar solidariedade, não discriminação”, disse.
A madrinha da campanha deste ano é a atriz Juliana Paes, que afirmou ainda amamentar o filho Pedro, de oito meses. O ideal, segundo a OMS, é que as crianças sejam amamentadas até dois anos ou mais, com a adição de outros alimentos saudáveis a partir dos seis meses.
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