PALS publica documento sobre o Suporte Básico de Vida e a Cadeia de Sobrevivência da Criança Vítima de Parada Cardíaca

O Programa de Reanimação Pediátrica (PALS) da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), publicou na última semana o documento científico “Suporte Básico de Vida e a Cadeia de Sobrevivência da Criança Vítima de Parada Cardíaca”. Diferentemente dos adultos, em crianças a parada cardiorrespiratória (PCR) geralmente é secundária à insuficiência respiratória e choque. Por isso, segundo os especialistas é essencial identificar rapidamente as crianças com tais condições, para diminuir a possibilidade de PCR pediátrica e maximizar a sobrevivência e recuperação neurológica.

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De acordo com o documento, a Cadeia de Sobrevivência representa o conjunto de procedimentos sequenciados que permite aumentar a sobrevida do paciente vítima de parada cardiorrespiratória. Trata-se de um encadeamento de elos, que configuram uma sequência de acontecimentos, onde os elos são indissociáveis.

Os cinco elos da cadeia representam os seguintes passos: 1ª Elo – prevenção da PCR; 2ª Elo - Ressuscitação cardiopulmonar (RCP) precoce de alta qualidade por pessoas presentes no local; 3º Elo - Rápido acionamento do Serviço Médico de Emergência (SME); 4º Elo - O Suporte Avançado de Vida: rápida estabilização e transporte; e o 5º Elo - Cuidados integrados após a PCR.

“Um elo fraco na cadeia de sobrevivência é suficiente para reduzir drasticamente as chances de sobrevivência em casos de paradas cardíacas, especialmente quando ocorrem no ambiente extra-hospitalar, não sendo menos importante as que ocorrem em ambientes intra-hospitalares”, explica o texto.

INFORMAÇÕES – Segundo o documento, a sobrevivência à parada cardiorrespiratória intra-hospitalar melhorou consideravelmente na última década, entre 2001 e 2009, as taxas de alta hospitalar após PCR aumentaram de 24% para 39%. Contudo, apesar destas taxas estarem melhorando, em muitos (mas não todos) lugares do mundo, especialmente no cenário hospitalar, o reconhecimento e o tratamento precoce de bebês e crianças com riscos de deterioração clínica, permanecem uma prioridade para se evitar a PCR.

“As principais causas de PCR na infância e adolescência devem ser conhecidas na comunidade e uma política de saúde adequada com medidas preventivas deve ser instituída”, afirma o texto.
A publicação elenca ainda os cincos elos e as recomendações contidas em cada um deles, o que deve ser feito e a que o profissional deve estar atento. O documento é de autoria dos drs. Valéria Maria Bezerra Silva, Alexandre Lopes Miralha, Alexandre Ferreira