Pediatras analisam as razões para a redução na cobertura vacinal e enfatizam a necessidade de combater a hesitação

Preocupada com a queda constante das taxas de Cobertura Vacinal (CV) no Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), através de seu Departamento Científico de Imunizações, elaborou um documento intitulado “O Desafio das Coberturas Vacinais e o Fenômeno da Hesitação”. O documento discute a redução dessas taxas, atribuindo-a aos impactos da pandemia e a outros fatores como perda de percepção de risco, desabastecimento de vacinas, horários incompatíveis dos postos de saúde e a complexidade do calendário vacinal.

CONFIRA AQUI O DOCUMENTO COMPLETO

Para os especialistas, o tamanho e a diversidade do País também influenciam a cobertura vacinal. Além disso, os pediatras destacam ainda causas como medo de eventos adversos; crenças em práticas alternativas de saúde e em falsas contraindicações; receio de que o número elevado de vacinas “sobrecarregue” o sistema imunológico; surgimento de grupos antivacinas, que disseminam notícias falsas sobre a segurança e a efetividade dos imunizantes; entre outros.

Segundo os pediatras, também tem crescido o chamado fenômeno da hesitação vacinal, cuja característica é a demora em aceitar ou a recusa das vacinas, apesar da disponibilidade nos serviços de vacinação. “São urgentes as ações para aumentar a imunização infantil e sustentá-la em um patamar elevado. O combate à desinformação é ferramenta crucial na recuperação da confiança da população nas vacinas”, enfatizam.