Pediatras aprovam moção de alerta sobre a assistência a crianças refugiadas

A precária situação da assistência em saúde vivenciada pelos refugiados venezuelanos em Roraima, em especial no que se refere ao atendimento pediátrico, levou os pediatras reunidos no 39º Congresso Brasileiro de Pediatria a divulgarem, nesta sexta-feira (11), uma moção de alerta destinada às autoridades brasileiras. No documento, assinado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Academia Brasileira de Pediatria (ABP), os médicos pedem ações concretas para o cumprimento integral dos direitos assegurados à população, segundo as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e Constituição Federal.

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A iniciativa foi acertada durante as discussões do V Fórum de Pediatria do Conselho Federal de Medicina (CFM), atividade que integrou o 39º CBP. Na oportunidade, foram apresentados diversos relatos de especialistas que atuam na assistência de crianças e adolescentes na região.

De acordo com o secretário-geral da SBP, dr. Sidnei Ferreira, o cenário calamitoso instaurado no estado de Roraima exige respostas do Poder Público, com a tomada de providências, como a contratação de mais pediatras e médicos de outras especialidades, para reforçar as equipes de saúde, além da adequada manutenção dos estoques de medicamentos e demais insumos.

"A SBP entende que o engajamento das autoridades públicas, atendendo as reivindicações dessa pauta, é fundamental para que as milhares de crianças possam contar com serviços de saúde de qualidade, sejam brasileiras ou venezuelanas. Esse comprometimento do Estado é imprescindível para que essa tragédia humanitária pela qual passa aquela região do País seja interrompida", afirmou.