Foi posição unânime entre os palestrantes da mesa redonda 'Violência contra criança e adolescentes', realizada nesta quinta-feira durante o 39º Congresso Brasileiro de Pediatria, de que pediatras têm papel fundamental neste contexto. Conduzidas pelos drs Joel Conceição Bressa (RJ), Délio José Kipper (RS), Abelardo Bastos Pinto Junior (RJ) e Ligia de Fátima Nóbrega Reato (SP), as discussões abordaram ainda a prevenção na escola e em casa e o suicídio em adolescentes, cuja incidência tem crescido nos últimos anos.
"Nós somos os primeiros médicos a atenderem estas crianças e adolescentes. Portanto, temos obrigação de detectarmos sinais de que eles apresentam algum tipo de risco de violência", alertou a dra. Lígia. Ela sugere que pediatras – principalmente aqueles que não trabalham com equipes muitidisciplinares – adotem o manual da Organização Mundial de Saúde (OMS), que, com seis perguntas básicas, orienta a classificar os níveis de risco e, assim, dar encaminhamento adequado, inclusive para especialistas em saúde mental.
A avalição, segundo a médica, também deve incluir uma contextualizacão do ambiente familiar e do histórico do paciente. "O suicídio, por exemplo, é previsível. Basta que se dê atenção aos primeiros sinais de depressão, ansiedade, maus tratos, abusos, o que na maioria das vezes podem levar à violência extrema", disse.
O dr. Abelardo Junior concorda com a colega e sustenta que o pediatra deve estar atento também ao contexto social, "que joga, hoje, crianças e adolescentes a ambientes carentes, tanto de assistências básicas, quanto de afeto". Ele demonstrou preocupação com as deficiências nas escolas e a atenção familiar. O resultado disso, acrescentou, é a sensação e real situação de abandono. "Isso se relaciona diretamente com a saúde mental.; e os sinais de riscos ficam evidentes", alertou, ao afirmar que relatos sobre violência nas escolas podem ser caracterizados por bullying, além de agressões físicas e morais.
Na mesma sintonia, dr. Délio José Kipper chamou a atenção para a necessidade de os profissionais se manterem atualizados e qualificados a enfrentar estes desafios, sobretudo com adolescentes. O pediatra discorreu sobre formas de atendimento aos pacientes e à família, que deve fornecer dados importantes para a definição de diagnósticos.
Nota de pesar: dr. João Tomas de Abreu Carvalhaes
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