A presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Norte (Sopern), dra. Kátia Correia Lima, participou de reunião na 62º Promotoria de Justiça de Natal para discutir estratégias destinadas a elevar os atuais índices de cobertura vacinal da região, em especial das imunizações para HPV, poliomielite e sarampo.
O encontro, no dia 29 de maio, contou com a presença da promotora de Justiça Iara de Albuquerque; da coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção à Saúde Pública, Kalina Correia Filgueir; e do secretário Municipal de Saúde de Natal, George Antunes de Oliveira.
Durante a reunião, a presidente da Sopern expôs relatos recorrentes de pediatras locais a respeito da resistência encontrada para vacinar as crianças conforme indicam os protocolos preconizados pelo Ministério da Saúde.
“Algumas Unidades Básicas de Saúde (UBS) não têm realizado a aplicação da Pneumo 10 no segundo mês de vida, em conjunto com as vacinas da Poliomielite, Penta e Rotavírus. Os próprios agentes de saúde alegam que não há problema em diminuir uma aplicação injetável, naquele momento, pois pode ser feita no terceiro mês de vida. Conduta que não segue a orientação prevista no calendário vacinal”, lamentou a dra. Kátia Lima.
PROTOCOLO - Em resposta ao questionamento, a SMS informou que o protocolo operacional do Ministério da Saúde será reforçado junto às equipes de vacinação, para que o calendário vacinal seja cumprido integralmente, segundo as recomendações para cada faixa etária.
Além disso, a presidente da Sopern ressaltou a necessidade de sensibilizar a população em função dos baixos índices de cobertura das vacinas da Polio, Meningocócica e Tríplice Viral. Na oportunidade, dra. Kátia Lima defendeu ainda a importância de realizar a segunda dose do esquema vacinal para varicela de forma mais precoce do que o indicado no cronograma do Programa Nacional de Imunização (PNI).
“A recomendação atual da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) é que a aplicação ocorra três meses após a aplicação da primeira dose, que geralmente ocorre na idade de um ano e três meses. Aguardar até que a criança complete quatro anos é assumir um risco muito grande, se levarmos em consideração o que os pediatras têm constatado na prática clínica diária”, concluiu.
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