Para alertar sobre riscos e benefícios do parto normal e nascimento dentro da água, o Departamento Científico de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançou nesta semana um documento com orientações sobre o assunto. Na publicação, a entidade reforça que o atendimento à gestante e ao recém-nascido deve acontecer sempre em unidade de saúde com estrutura estabelecida para suprir – de imediato – eventuais intercorrências obstétricas.
Além disso, conforme destaca o texto da SBP, devido à razoável possibilidade de ocorrem emergências não previstas, mesmo em gestantes classificadas como de baixo risco, é indispensável a presença do pediatra, com equipe multidisciplinar composta também por obstetra, anestesiologista e enfermeiro obstétrico em todo nascimento.
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EVIDÊNCIAS – De acordo com a SBP, ainda há limitações de estudos relativos à imersão na água durante o trabalho de parto. Há grande heterogeneidade entre as pesquisas e a maioria foi desenvolvida em um único centro, com amostras pequenas, limitando assim a interpretação dos resultados.
Segundo as esparsas evidências disponíveis, os benefícios dessa modalidade de assistência estão concentrados na redução da dor, durante o primeiro estágio do trabalho de parto, propiciando diminuição do uso de analgesia e melhora da satisfação das mulheres submetidas à imersão. Sobre o segundo período do trabalho de parto, são insuficientes as informações que levem à conclusão sobre benefícios da imersão na água.
No geral, as revisões sistemáticas não observaram aumento na frequência de resultados adversos. Porém, em contrapartida, faltam dados sobre segurança e eficácia desta prática para o recém-nascido, bem como sobre resultados em longo prazo.
Por isso, diferentes sociedades científicas internacionais e nacionais recomendam que, em função da existência de casos com complicações graves ou com evolução fatal já documentados, esta modalidade de parto deva acontecer apenas no contexto de ensaio clínico controlado. “A instituição que optar por oferecer a imersão em água deve estabelecer protocolos rigorosos”, pontua o texto.
Com base nesse consenso da comunidade científica internacional e nas orientações do Programa de Reanimação Neonatal da SBP, os especialistas do Departamento Científico de Neonatologia da SBP indicam que:
Para mais informações sobre boas práticas de assistência ao recém-nascido e à gestante, acesse o documento científico “Nascimento Seguro” da SBP.
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