São irrefutáveis as evidências científicas sobre a gravidade do tabagismo em nossa sociedade e o prejuízo que traz à saúde do indivíduo.
O Pediatra é um educador, formador de opinião, profissional que lida diretamente com o crescimento e o desenvolvimento de crianças e adolescentes, sendo fundamental ter em mente uma atuação baseada no conceito ampliado de saúde.
É preciso que o Pediatra esteja bem informado sobre esta temática. Prevenindo a iniciação tabágica, especialmente o cigarro, estamos atingindo o alvo de outras drogas, lícitas (álcool) e ilícitas, importante problema de saúde pública, com graves consequências para as famílias de qualquer classe social.
O Pediatra precisa atuar dialogicamente e estimular sempre um estilo de vida saudável para a criança e sua família.
O tabagismo passivo também deve ser foco de alerta pois trata-se de fator de risco comprovado para doenças respiratórias na infância, como asma e pneumonia.
A prevenção
Estimular toda família a hábitos de vida saudáveis: pais/responsáveis que não fumam são bons exemplos/ espelhos.
Exercer maior vigilância quando são filhos de dependentes de drogas.
Compreender e dar limites às crianças e adolescentes.
Lembrar que crianças com comportamento “difícil” ou agressivo, inquietas, que não aceitam limites desde a educação infantil, são mais vulneráveis às drogas e merecem maior vigilância.
Orientação àqueles que fumam:
1) Reconhecer que o tabagismo repercute em vários setores:
Na saúde individual e coletiva, é uma epidemia global com estatísticas assustadoras;
No setor econômico, principalmente quando mais de uma pessoa na casa é fumante e fuma todos os dias, especialmente para famílias de baixa renda;
No setor social, com restrições cada vez maiores para fumar em ambientes coletivos, fechados ou de baixa ventilação, causando conflitos e constrangimentos com a legislação.
No ambiente, onde temos mais de um bilhão de fumantes no planeta, impressionante número de guimbas poluidoras no meio ambiente a cada dia, além dos incêndios e desmatamentos.
2) Orientar quanto à redução do consumo e à necessidade de estipular uma data para a cessação.
3) Beber mais água.
4) Quebrar rituais de conduta que favoreçam o vício.
5) Evitar ambientes de alto risco (com fumantes e bebidas alcoólicas).
6) Aumentar a atividade física.
7) Nunca fumar dentro de casa, mesmo que esteja sozinho, no banheiro, nas janelas; nem no carro. Devemos prevenir o tabagismo terciário.
8) Procurar ajuda com profissional de saúde: compartilhar com profissional da Saúde Mental, Educador Físico, Nutricionista, envolvendo a família e a escola.
Katia Oliveira Machado e Maria de Fátima Pombo, Grupo de Trabalho de Prevenção ao Tabagismo da SBP.
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