Prêmio Fronteiras da Saúde contempla especialista da SBP na categoria científica

Durante décadas, o Brasil foi referência em imunização para o mundo. Apesar disso, as taxas de cobertura vacinal estão caindo ano após ano e os pediatras têm alertado sobre os perigos desse cenário para a saúde das crianças e adolescentes. Uma das vozes ativas que lutam para ressaltar a importância de manter o calendário vacinal em dia é o presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Renato Kfouri.

Por conta disso, o especialista foi contemplado pelo Prêmio Fronteiras da Saúde na categoria Científica na área de Prevenção. A premiação, promovida pelo Instituto Lado a Lado pela Vida e o Global Forum Fronteiras da Saúde, acontecerá presencialmente em Brasília (DF), no dia 22 de novembro, às 20h.

Dr. Kfouri pontua que os anos de pandemia foram muito importantes para mostrar a todos o valor das vacinas, pois, com a covid-19, as pessoas perceberam a falta que a imunização faz e como ela é fundamental para o controle, erradicação e eliminação de doenças. No entanto, da mesma forma que as vacinas foram muito divulgadas, elas também foram questionadas por grupos antivacina que colocaram em dúvida sua segurança e benefícios.

“Nesse contexto, foi fundamental a participação da pediatria para ressaltar a importância e o valor da imunização para uma infância saudável. Ao ganhar esse prêmio represento todos os pediatras que se esforçaram nesta luta. Nada pior do que perdermos um filho, familiar ou paciente para uma doença evitável por medidas simples e quase sempre gratuitas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI)”, destaca.

Um dos grandes desafios que surgiram com a pandemia, segundo o dr. Renato, é a hesitação vacinal. Impactados pela grande onda de desinformação, pais e responsáveis passaram a ficar receosos para vacinar as crianças e adolescentes. “Hoje vivenciamos esse cenário de baixas coberturas vacinais e o pediatra deve assumir seu papel protagonista na recomendação e orientação das famílias”, ressalta.