Presidente da SBP coordena curso sobre doença inflamatória intestinal no 17º Gastroped, em Porto de Galinhas

Abrindo as atividades pré-congresso do 17º Congresso Brasileiro de Gastroenterologia Pediátrica (Gastroped) nesta quarta-feira (29), a presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dra. Luciana Rodrigues Silva, coordenou o curso “Doença Inflamatória Intestinal (DII)”, que recebeu capacidade máxima de participantes. O evento, realizado pela SBP em parceria com a Sociedade de Pediatria de Pernambuco (Sopepe), vai até o próximo sábado (1/9), em Porto de Galinhas, na região metropolitana do Recife (PE).

A primeira palestra da manhã foi conduzida pela dra. Vera Lúcia Sdepanian (SP), com o tema “Epidemiologia e fisiopatologia das DII com início na infância”. “As doenças inflamatórias intestinais vêm aumentando no mundo todo no período da infância, com alta prevalência nos EUA, Canadá, Europa, entre outros países. Nos países da Ásia, África e América do Sul, que ainda estão em desenvolvimento, há pouca informação sobre essas taxas”, disse.

Segundo a especialista, há grande diferença entre países desenvolvidos e em desenvolvimento com respeito à epidemiologia das DII. “Há poucas publicações científicas de países em desenvolvimento. Quando há estudos desses países, confirmam a baixa prevalência dessas doenças. Entretanto, a incidência delas em países desenvolvidos e em desenvolvimento está aumentando”, explica.

Na sequência, a dra. Michaela Cynthia da Rocha Marmo (PE) palestrou sobre “A inflamação da mucosa intestinal em condições especiais”. Na aula, a especialista frisou o momento em que o pediatra deve suspeitar das imunodeficiências de um paciente com DII. “O diagnóstico requer avaliação das manifestações intestinais e extraintestinais. A avaliação laboratorial e histopatológica deve ser feita para afastar infecções e as alergias alimentares devem ser excluídas”, pontuou.

Em sua exposição, a médica enumerou tópicos de quando é ou não infecção e ressaltou que a classificação clínica, endoscópica, histopatológica e de imagens não são suficientes para diferenciar da doença inflamatória intestinal.

Também participaram das atividades matinais os drs. Carlos Alexandre Antunes de Brito (PE), com o tema “Tuberculose intestinal e outras doenças infecciosas com comportamento de DII”; Vera Lucia Sdepanian (SP), apresentando o “Quadro clínico: as faces da doença inflamatória na infância”; Maraci Rodrigues (SP), falando sobre os “Biomarcadores diagnósticos e de atividade inflamatória”.

Outras três palestras encerraram a primeira parte do curso: Contribuição dos exames de imagem para a assistência de crianças com DII, com o dr. Rodrigo Regacini (SP); “Avaliação endoscópica – há escores para a pediatria?”, ministrada pelo dr. Gustavo Carneiro Leão Filho (PE); e “Exames histológicos – os cuidados para uma boa avaliação”, conduzida pela dra. Norma Thomé Jucá (PE).

Os congressistas interagiram com os professores por meio de perguntas feitas após cada aula e ainda pelo aplicativo da SBP, desenvolvido especialmente para os eventos da instituição.