Com o objetivo de discutir sobre as questões relacionadas às vacinas da COVID-19, a Manole Educação, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), promoveu um webinar com o presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, dr. Renato Kfouri. Na oportunidade, foi discutido, entre outros aspectos, o estado da arte em relação às vacinas, quais são as tecnologias em desenvolvimento e a resposta imune ao vírus.
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O pediatra começou destacando algumas características do SARS-CoV-2, que foi denominado assim quando se reconheceu uma semelhança muito grande com o SARS causador da síndrome respiratória aguda, em 2002 e 2003. A doença clínica manifesta por ele é chamada de COVID-19.
"Este é um primeiro conceito que muito vai nos importar com relação à vacinação: nem toda infecção resulta em doença e vamos falar muito de vacinas que podem prevenir a infecção, mas não a doença ou vice-versa. Temos outros exemplos em vacinologia que previnem a doença, mas não são capazes de liminar a infecção e, com isso, a transmissão", explicou dr. Renato Kfouri.
Há muito estudo em outras doenças virais sobre a suscetibilidade genética. Na aula, foi apresentado um estudo recente que mostra o que faz um mesmo vírus em alguns indivíduos evoluir de forma bastante grave e outras vezes, um mesmo vírus, numa mesma população, o vírus ter um comportamento completamente diferente.
“A susceptibilidade ou a resistência às formas da COVID-19 ainda são pouco conhecidas. Ainda há muita lacuna no conhecimento para entender o que faz realmente alguns indivíduos pertencentes aos grupos de alto risco não desenvolver formas graves e outros que não pertencem a nenhum desses grupos, evoluir de forma bastante dramática”, disse o infectologista.
O pediatra apresentou o panorama das vacinas candidatas, indicadas no site da Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente existem 139 vacinas registradas em estudos pré-clínicos, ou seja, que não começaram o estudo em humanos e estão somente no estudo de modelagem, com animais, por exemplo. Com estudos clínicos em humanos, já há 25 vacinas - estas sendo vacinas de DNA, RNA, inativadas.
DÚVIDAS - De acordo com o pediatra, ainda há muitas perguntas a serem respondidas, tais como qual o nível de anticorpo que se correlaciona com as vacinas; qual é o perfil de eficácia das vacinas; qual a duração da proteção e a necessidade de reforços; qual é a idade ideal de vacinação; como será a resposta imune em grupos mais vulneráveis; entre tantas outras.
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