O presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e membro do Comitê Científico da Sociedade Mundial de Infectologia Pediátrica, dr. Marco Aurélio Sáfadi, foi um dos convidados do programa Canal Livre, exibido pela TV Band, no último domingo (5). Na oportunidade, o especialista abordou os efeitos da pandemia do novo coronavírus na vida de crianças e adolescentes.
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Conforme ressaltou, a crise ocasionada pela COVID-19 trouxe inúmeros prejuízos e desafios para médicos e demais profissionais de saúde. No entanto, a pandemia também pode ser observada como uma oportunidade para reforçar a importância dos cuidados básicos de higiene entre a população brasileira, como a lavagem adequada das mãos e os hábitos de etiqueta respiratória.
“Nos últimos meses, vivenciamos uma diminuição acentuada dos casos de infecção respiratória, excluindo-se obviamente a COVID-19. No geral, quase não registramos episódios de outros acometimentos das vias respiratórias, como as bronquiolites, que desapareceram. Isso é consequência do isolamento social, mas também da incorporação da prática mais incisiva dos protocolos de higiene no nosso dia a dia. Esses métodos, aparentemente simples, são eficazes para frear a disseminação de inúmeras doenças virais”, ressaltou.
Na ocasião, o dr. Marco Aurélio Sáfadi também destacou aspectos relacionados à prevalência e à manifestação clínica da COVID-19 na faixa etária pediátrica. Além disso, discorreu sobre as características de uma apresentação rara de Síndrome Inflamatória Multissistêmica, provavelmente associada ao novo coronavírus, observada inicialmente em crianças maiores e adolescentes na Europa e nos Estados Unidos.
“Nesses episódios, os pacientes apresentam sintomas semelhantes àqueles observados na síndrome de Kawasaki. Dor abdominal intensa, febre alta e persistente, manifestações gastrointestinais, entre outros. Os casos evoluem para choque cardiogênico e formas graves de doenças que necessitam de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Mas essa é uma manifestação extremamente rara. De modo geral, a maioria absoluta das crianças é assintomática ou tem sintomas leves da COVID-19, semelhantes a uma gripe”, disse.
Para mais informações sobre a pandemia do novo coronavírus e sua repercussão na saúde pediátrica, acesse a página https://www.sbp.com.br/especiais/covid-19/
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