Prevenção à Síndrome Alcoólica Fetal foi tema de pronunciamento na Câmara dos Deputados, em Brasília


A prevenção à Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) foi tema abordado na Câmara Federal, em Brasília (DF). Em discurso no plenário, o deputado federal Angelim (PT-AC) ressaltou a importância da conscientização sobre esse transtorno, que afeta milhares de recém-nascidos, com consequências para a vida inteira. Na oportunidade, o parlamentar apresentou dados sobre a incidência da doença no Brasil e no mundo e solicitou apoio ao enfrentamento desse problema.

ASSISTA ABAIXO O DISCURSO NA ÍNTEGRA.

Angelim também abordou os graves problemas ocasionados à saúde das gestantes e dos bebês, citando as consequências drásticas e irreversíveis provocadas pelo consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez. O pronunciamento foi feito em 28 de setembro. O tema tem sido motivo de uma campanha iniciada há 10 anos e que tem como parceiros a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) e visa conscientizar sobre os riscos e prejuízos causados pela ingestão de bebidas alcoólicas na gestação.

No primeiro semestre, a SBP lançou uma plataforma na internet com informações importantes para os pediatras e as mulheres sobre as vantagens de uma gestação livre do consumo de bebidas alcoólicas. Trata-se de uma iniciativa que previne o aparecimento de casos da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que causa graves efeitos na saúde do feto e do recém-nascido.

ACESSE O SITE DA CAMPANHA DA SBP DE PREVENÇÃO A SAF

DESENVOLVIMENTO - “A SAF resulta em um vasto quadro de complicações, chamado de Transtorno do Espectro Alcoólico Fetal e implica na má formação do feto, resultando em alterações do desenvolvimento neurológico e mental, como deficiência mental, redução do desempenho intelectual, sintomas emocionais, psiquiátricos e outros problemas de comportamento, como problemas no crescimento e alterações orgânicas e microcefalia”, disse Angelim.

O deputado federal chamou a atenção para a problemática no Brasil e em outros países, como a França, a Rússia e a África do Sul. “O consumo de álcool durante a gravidez é um problema de saúde na França, que atinge mais de 8 mil recém-nascidos por ano. No Brasil, cerca de 50 mil bebês por ano são vítimas da SAF.  No mundo, anualmente, esse número chega a 1 milhão”, enfatizou.

Angelim também questionou sobre os riscos causados pela publicidade de bebidas, cujo consumidor é sempre associado à figura de um personagem popular e bem sucedido. “Os comerciais de cerveja são estrelados por célebres ícones, estrelas de telenovelas ou modelos”, ressaltou ao apontar que os especialistas percebem um aumento de consumo de álcool pelas mulheres brasileiras, independentemente de classe social, seguindo uma tendência observada em todo o mundo.

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