A assistência integral de crianças e adolescentes na escola, em casa e no consultório, com ênfase na prevenção de agravos e no desenvolvimento infantojuvenil, será o foco do Simpósio Pediátrico de Promoção da Saúde e Segurança. Organizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em parceria com a Sociedade Mineira de Pediatria (SMP), o evento ocorrerá nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, em Belo Horizonte (MG).

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A abertura das atividades científicas acontecerá com ­­as discussões da mesa-redonda sobre “Prevenção de acidentes”, que contará com a participação do dr. Abelardo Pinto Jr, do Departamento Científico (DC) de Saúde do Escolar da SBP, falando sobre segurança no ambiente escolar; e do dr. Danilo Blank, membro do DC de Segurança, que tratará de condutas de precaução no trânsito.

Às 10h30, a “Inclusão social e escolar” será debatida com foco em riscos de violência e nas dificuldades e manejo de deficiências. A mesa-redonda será composta pelos pediatras dra Ana Maria Lopes, do DC de Desenvolvimento e Comportamento; dra Ana Lúcia Ferreira, do DC de Segurança; e dr Paulo Cesar de Almeida Mattos, do DC de Saúde do Escolar. No período da tarde, o tema “Ética na relação Pediatra – Família na contemporaneidade” ganha espaço na conferência do dr. Eduardo Carlos Tavares, do DC de Bioética.

DILEMA ÉTICO - “Muitas vezes, a decisão sobre quais procedimentos devem ser realizados para o tratamento de uma doença ocorre a partir de uma decisão compartilhada entre médico e paciente. No caso da pediatria, a questão se torna ainda mais complexa, pois envolve a opinião dos responsáveis legais pela criança ou adolescente. Esse é um dilema ético que sempre exige reflexão por parte dos especialistas. Nosso trabalho deve incidir na busca por um consenso que não viole os direitos de escolha e ao mesmo tempo garanta a assistência adequada”, explica dr. Eduardo.

No decorrer do dia, as palestras e colóquios abordarão ainda outros assuntos, como “Sinais de alerta para Transtorno do espectro do Autismo”, “Diagnóstico e acompanhamento dos pacientes com TEA”, “Evidências para a atuação do pediatra no controle da morbimortalidade por causas externas” e “Desenvolvimento infantil e risco de acidentes”.

DESENVOLVIMENTO - No dia 1º, a partir das 8h, a miniconferência “Situações não tão contemporâneas: álcool, tabaco, drogas”, com a dra. Ana Maria Lopes do DC de Desenvolvimento e Comportamento, iniciará as discussões. Dando sequência às atividades, ocorrerá a mesa-redonda “Situações comuns em consultório”, com abordagens sobre “A nova puericultura”, “Comportamento de risco dos adolescentes” e “Segurança nas redes sociais e Internet”.

“Diversas mudanças no contexto do nosso País, como o avanço do saneamento básico e a difusão da vacinação, alteraram o perfil do trabalho do pediatra em consultório. Se no passado as grandes preocupações consistiam no risco de desnutrição e elevado índice de mortalidade infantil, hoje as questões centrais estão relacionadas ao acompanhamento da criança saudável. Nosso atual desafio é conseguir orientar o paciente, desde os primeiros anos, para evitar o surgimento de doenças crônicas na idade adulta”, esclarece o dr. José Gabel, membro do DC de Pediatria Ambulatorial, que participará da atividade.

O Simpósio contará ainda com apresentações sobre “Treinamento Esfincteriano - Um marco do desenvolvimento negligenciado?”, “Prevenção do Estresse tóxico na infância”, “Transtornos neurobiológicos”, “Aspectos éticos da intervenção dos profissionais de saúde e educação diante das situações de risco”, “Dificuldades escolares”, entre outros.