O Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria (PRN-SBP), por meio da Sociedade de Pediatria e Puericultura do Maranhão (SPPMA), capacitou profissionais de saúde do estado nos cursos de Reanimação do recém-nascido menor ou igual a 34 semanas em sala de parto e no de Transporte do recém-nascido de alto risco.
O primeiro curso realizado foi o de Reanimação do Neonatal Prematuro em Sala de Parto, no Hospital Universitário Materno Infantil da Universidade Federal do Maranhão, entre os dias 27 e 29 de agosto, em São Luis. Na oportunidade, foram capacitados 20 profissionais de saúde que atuam na assistência do recém-nascido. Os instrutores responsáveis pelo treinamento foram os drs. Gabriela Martins, Luís Eduardo Hilluy e Patrícia Marques.
Com carga horária de oito horas, as aulas foram divididas entre teoria e prática e abordaram assuntos como o preparo do material; passos inicias e CPAP; aplicação do ventilador mecânico manual em T; reanimação avançada; entre outros.
Segundo a dra. Patrícia Marques é importante contar com uma equipe de profissionais de saúde treinada em reanimação neonatal. “A equipe deve estar pronta para realizar a anamnese materna e preparar o material para uso imediato na sala de parto. Com esse treinamento, queremos reduzir a morbidade e a mortalidade neonatais associadas à asfixia perinatal”, explica.
TRANSPORTE DE ALTO RISCO – Na mesma semana, nos dias 1º e 2 de setembro, foi realizado também o curso do Transporte do Recém-nascido de Alto Risco, na cidade de Imperatriz, que fica a cerca de 600 km de São Luís, capital do estado. Participaram deste curso 20 médicos, entre eles pediatras que fazem assistência na sala de parto, cirurgiões e clínicos plantonistas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
De acordo com a dra. Patrícia, o pediatra é o profissional mais indicado para realizar esse transporte, pois ele presta assistência na estabilização do RN antes do transporte e pode realizar tanto o transporte inter-hospitalar como intra-hospitalar. “Esses transportes devem ser considerados como uma extensão dos cuidados realizados na UTI. Além de conhecer as indicações precisas para sua realização, é obrigatório cumprir as dez etapas para um transporte neonatal seguro”, explica.
O curso, que teve suas diretrizes atualizadas em 2018, conta com uma aula teórica e quatro aulas práticas sobre os requisitos básicos e os problemas mais frequentes relacionados ao transporte de recém-nascido de alto risco. “O novo curso prepara o aluno, por exemplo, para o uso prático de incubadoras de transporte, bombas perfusoras, ventiladores mecânicos manuais e outros utensílios necessários para que o processo ocorra de modo eficiente e seguro”, esclarece o coordenador do curso de Transporte, dr. Sérgio Marba.
Segundo o último levantamento feito pela coordenação do PRN, na Região Nordeste foram aprovados 2.897 médicos e 1.889 profissionais de saúde no curso de Reanimação Neonatal; 525 no curso de Reanimação do Prematuro; e 388 no curso de Transporte do Recém-nascido de Alto Risco.
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