A Rede Brasileira de Banco de Leite Humano (rBLH), por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), acaba de disponibilizar uma Norma Técnica que estabelece as diretrizes para o uso do leite humano cru em ambiente neonatal. Destinada a todos os profissionais de saúde que atuam na promoção da amamentação, a publicação apresenta orientações práticas a respeito dos procedimentos de ordenha, estocagem, transporte e porcionamento do leite materno na assistência ao recém-nascido.
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De acordo com a dra. Nicole Gianini, neonatologista e coautora do documento, o consenso científico estabelece o leite materno como o melhor alimento para a nutrição dos prematuros e todas as estratégias clínicas devem ser organizadas para garantir que o leite da própria mãe seja oferecido ao filho. Além disso, a vulnerabilidade dos nascidos pré-termo exige total adequação aos métodos que assegurem a qualidade biológica do aleitamento.
“Antigamente, a mãe precisava ir para uma sala de coleta ou banco de leite para realizar a ordenha. A Norma Técnica tem justamente a missão de fornecer aos pediatras, enfermeiros e demais profissionais de saúde um passo a passo sobre cuidados gerais e rotinas que devem ser empregadas nas unidades de assistência neonatal, para que a mãe possa ordenhar o leite próximo ao seu filho, ao lado da incubadora. Diferentes estudos demonstram que esse contexto de envolvimento emocional produz impactos positivos, inclusive na produção de leite”, explica ela.
O documento traz explicações detalhadas sobre massagem da mama, ordenha manual, ordenha com auxílio de bomba, uso do leite humano refrigerado, entre outros. Há ainda considerações a respeito da aplicação de diretrizes para o ambiente hospitalar e indicações para uma série de normas técnicas auxiliares às boas práticas de manipulação do leite humano.
AOS PEDIATRAS – Segundo a secretária do Departamento Científico de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dra. Maria Albertina Santiago Rego, a iniciativa possui relevância especial para os pediatras, visto que os especialistas são um dos principais responsáveis pelo estímulo e manutenção da amamentação entre as famílias.
“Essa Norma Técnica representa um excelente instrumento para o fortalecimento da prática da amamentação do bebê prematuro. O pediatra, a partir da aplicação do conhecimento técnico, tem um papel central no incentivo e apoio às mães e famílias, que precisam ser corretamente orientadas em todos os períodos, seja durante a gravidez, no momento do parto ou após”, conclui ela.
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