Reorganização das redes de atenção é essencial para o reconhecimento precoce do câncer infantojuvenil

Todos os anos são estimados cerca de 215 mil novos casos de câncer em crianças menores de 15 anos, e cerca de 85 mil em adolescentes entre 15 e 19 anos, segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). No Brasil, a estimativa de ocorrência de novos casos de câncer infantojuvenil chega a 8.460 para o triênio 2020-2022, correspondendo a uma taxa anual de 138,44 novos casos/milhão, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Para alertar os pediatras e a população sobre a doença, o Departamento Científico de Oncologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou nesta quinta-feira (4) um artigo em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil, lembrado em 23 de novembro. 

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O câncer representa no Brasil, assim como nos países desenvolvidos, a primeira causa de óbito por doença, entre as crianças e adolescentes de 1 a 19 anos de idade. “Por isso, é fundamental a implantação de estratégias em saúde pública que possam promover o diagnóstico precoce, como educação para a comunidade em geral a respeito do câncer, reorganização das redes de atenção à saúde e treinamento de pediatras para o reconhecimento precoce do câncer”, diz trecho do artigo.

O documento explica ainda que na criança e no adolescente, o câncer difere daquele que ocorre no indivíduo adulto, em decorrência do tipo de célula progenitora envolvida e dos mecanismos de transformação maligna. O texto também ressalta que o diagnóstico precoce e o pronto encaminhamento desses pacientes a centros de referência em oncologia pediátrica, são essenciais para aumentar as chances de cura da doença.