Como estabelecer limites e segurança para as crianças navegarem na internet? Esse foi o tema central do Dia Mundial da Internet Segura 2024, evento organizado pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e a Safernet Brasil, realizado em São Paulo, nos dias 6 e 7 de fevereiro. O encontro promoveu debates visando a promoção de uma internet mais segura e positiva para os usuários, contando com a participação de especialistas de diversas áreas, incluindo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), representada pela dra. Evelyn Eisenstein, coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Saúde Digital da entidade.
A especialista contribuiu para a discussão na mesa "Uso excessivo de Telas por crianças e adolescentes no Brasil: o que fazer?", ao lado de Mariana Filizola, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República; Mariana Venâncio, do NIC.br; Isabel Barros, do Instituto Alana; Laís Peretto, da Childhood Brasil; Alana Rizzo, do Youtube; e Taís Niffinegger, da Meta. Este painel abordou estratégias e desafios na regulação do tempo de tela e na proteção das crianças e adolescentes no ambiente digital.
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Durante a apresentação, dra. Evelyn aproveitou a oportunidade para alertar sobre o uso precoce das telas e pontuou que, de acordo com a SBP, crianças abaixo dos dois anos de idade não devem ter contato com as telas. Ela explicou que a introdução aos dispositivos digitais pode ser feita a partir dos três anos, considerando sempre o tempo máximo de tela (30 minutos), classificação indicativa dos conteúdos assistidos e monitoramento contínuo dos responsáveis.
“O recado básico e essencial do dia de hoje é: crianças e adolescentes precisam de mais tempo, espaço, nutrientes, mais memórias afetivas e condições para o crescimento saudável, alegre e construção. Essa mágica só acontece com amor, afeto, atenção e cuidado e isso não se encontra nas telas”, enfatizou.
Ela ainda pontuou os fatores de risco para a exposição precoce e intensa às telas no desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes, que envolvem questões individuais (como maus hábitos alimentares, baixo rendimento escolar e baixa autoestima), familiares (falta de vínculos afetivos, valores e expectativas para o futuro, entre outros) e digitais (mau uso do tempo livre, cyberbullying, tecnoestresse e etc).
“Temos que lembrar que a criança é o centro da nossa atenção. São 55 milhões de crianças e adolescentes, entre zero e 19 anos, que representam 27% da nossa população. Elas precisam ter cuidados também de saúde digital, ética, segurança e educação quando acessam qualquer tela”, ressaltou a dra. Evelyn.
PED CAST SBP | "Neuroblastoma"
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