Saúde do adolescente e compromisso da pediatria

Na cerimônia de abertura, da esq. para a dir., drs. Margaret Fialho, presidente de honra do Congresso; Hans Greve, presidente da Sobape; Fabio Ancona, vive-presidente da SBP; Marilucia Picanço, presidente do Congresso e Paulo César Pinho Ribeiro, então presidente do Departamento de Adolescência. “A importância do adolescente no sistema básico de saúde; a necessidade de …

Na cerimônia de abertura, da esq. para a dir., drs. Margaret Fialho, presidente de honra do Congresso; Hans Greve, presidente da Sobape; Fabio Ancona, vive-presidente da SBP; Marilucia Picanço, presidente do Congresso e Paulo César Pinho Ribeiro, então presidente do Departamento de Adolescência.

A importância do adolescente no sistema básico de saúde; a necessidade de mais capacitação e de estruturar melhor os serviços voltados para a faixa etária”. Estes alguns dos pontos da carta elaborada pela SBP e suas filiadas reunidas durante o 11 º Congresso Brasileiro de Adolescência, no final de setembro, em Salvador, e que será agora entregue ao Ministério da Saúde, segundo informa a presidente do evento, dra. Marilucia Picanço. As demandas dos estados foram reunidas pelo dr. Paulo César Pinho Ribeiro, que dirigiu o Departamento Científico de Adolescência da SBP por duas gestões, o texto finalizado pela dra. Mariângela de Medeiros Barbosa, atual presidente do DC e assinado também pelas dras. Marilucia e Patrícia Regina Guimarães, presidente do Comitê Mineiro de Adolescência, em nome também de todos os demais estados, e encabeçado pelo dr. Fabio Ancona, vice-presidente da SBP, que representou a presidência em Salvador.

Drs. Mariângela Medeiros, Margaret Fialho, Darci Bonetto, Maria das Graças Guedes , Paulo César Pinho Ribeiro e Gilca de Carvalho Gomes

Congresso – O balanço do evento é muito positivo, comenta a dra. Marilucia, informando que estavam presentes cerca de 800 profissionais e estudantes, com participação maior de pediatras do que nas edições anteriores e também várias mesas-redondas multidisciplinares. Entre os convidados estrangeiros, estava o professor David Cohen, chefe do Departamento de Psiquiatria da Infância e da Adolescência da Universidade Paris VI. “Discutimos questões paradigmáticas para o futuro do adolescente e a importância do pediatra do último ciclo da criança. O Congresso trouxe a marca do compromisso da SBP”, ressalta. “Tivemos aproximadamente 350 pôsters, alguns dos temas livres com exposição oral e os três melhores premiados pela revista da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)”, disse, agradecendo aos drs. Izabel Bouzas e Messias, do Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente.

Drs. Maria Conceição Oliveira Costa, Fernando Barreiro e Margaret Fialho

Carta e reivindicações – “Ausência, insuficiência ou falta de divulgação de programas públicos, ações e financiamentos específicos para adolescentes; falta de articulação entre os programas de adolescência e entre políticas municipais, estaduais e federais; dificuldades no acesso dos adolescentes aos serviços de saúde; ampliação do tempo de atendimento ao adolescente – a consulta precisa ser feita em no mínimo 30 minutos – e remuneração diferenciada para os profissionais”. Estes alguns dos pontos da “Carta ao Ministério da Saúde”, que aborda as políticas de saúde, a atenção primária, a graduação, a pós-graduação e as parcerias, segundo informa a dra. Mariângela Medeiros, adiantando que algumas questões serão também encaminhadas ao Ministério da Educação e outras instâncias competentes. Além disto, estão nos planos do Departamento a realização de módulos de sensibilização e atualização sobre as questões da faixa etária em todo o País, voltados para técnicos de saúde, educação e justiça. “Para isto, teremos que contatar também as Secretarias estaduais de Saúde e será fundamental o papel das filiadas da SBP”, finaliza a presidente do DC.A presidente do Congresso também salienta a qualidade do trabalho feito pela Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape), que “levou inclusive inúmeros universitários e residentes – jovens que participaram muito ativamente”. Entre os destaques esteve também a “apresentação de experiências exitosas, tanto de pessoas da academia, quanto de fora, profissionais que mostraram o que tem dado certo em sessões com muita interação. A SBP manteve sua marca de qualidade”, resume a dra. Marilucia. A opinião é compartilhada pela dra. Rachel Niskier, da diretoria da Sociedade, que assinala a “grande diversidade de temas clínicos, sociais, comportamentais” e a presença de autoridades do MS e da Organização Pan- americana da Saúde.

Dra. Rachel Niskier, Marci Haneiko, da Ekipe de Eventos, dra. Margaret Fialho e dra. Marilucia Picanço