SBP alerta para a importância do diagnóstico precoce nos casos retinoblastoma em crianças

Quanto mais cedo for possível fazer o diagnóstico de retinoblastoma em crianças, direcionando-as para o tratamento adequado, maiores são as chances de cura e qualidade de vida. É o que alerta a nota especial “Retinoblastoma e Exame precoce na infância”, produzida pelo Grupo de Trabalho de Oftalmologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O retinoblastoma é a neoplasia intraocular mais comum em crianças, acometendo cerca de 1 em cada 20 mil nascidos vivos.

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O texto oferece orientações para ajudar especialistas na identificação de sinais de alerta que podem passar despercebidos, bem como abordagem e tratamento da doença – que pode causar alteração do reflexo vermelho dos olhos observado em fotografias ou no teste do reflexo vermelho (TRV).

“Preocupados com essa e outras doenças da infância a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) e a SBP sugerem que o TRV deva ser repetido pelo pediatra ao menos três vezes ao ano, nos três primeiros anos de vida da criança. Mesmo com exame normal recomenda-se que a criança tenha seu primeiro exame oftalmológico com a pupila dilatada, entre seis e 12 meses de vida”, aponta.

O documento destaca que o tratamento do retinoblastoma apresentou grandes avanços nas últimas décadas, sendo as taxas de cura superiores a 95% com tratamento adequado. O prognóstico, no entanto, depende da intervenção precoce, do tamanho e disseminação do tumor primário, bem como da presença e localização de possíveis lesões metastáticas. 

INFORMAÇÕES SOBRE A DOENÇA – No artigo elaborado pelo Departamento Científico de Genética e do Grupo de Trabalho de Doenças Raras da SBP, o leitor também encontrará informações sobre o componente genético e hereditário do retinoblastoma e suas implicações para quem desenvolve esse tipo de câncer. O objetivo é oferecer ao pediatra mais subsídios para o diagnóstico precoce da doença, em suas variadas manifestações.