Para incentivar as mulheres que amamentam a doarem, o Ministério da Saúde lançou recentemente a campanha nacional “Doe leite, doe esperança. Um grande gesto pode salvar a vida de quem mais precisa”, que conta com apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
O leite materno permite que bebês e crianças se desenvolvam com mais saúde e fiquem protegidos de infecções, diarreias e alergias. É importante, especialmente, para prematuros internados que não podem ser alimentados diretamente pela própria mãe. A cada ano, no Brasil, são estimados 330 mil nascimentos de bebês prematuros ou de baixo peso, o que representa 11% das crianças nascidas no País. Com o leite materno, eles têm mais chances de recuperação.
PROCESSO – Toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano. Para doar, é preciso ser saudável, não tomar nenhum medicamento incompatível com a amamentação, não fumar mais de 10 cigarros por dia, não beber álcool ou usar drogas ilícitas e realizar exames como hemograma completo e anti-HIV, quando o cartão de pré-natal não estiver disponível.
A doação atende a critérios de prioridades. Na lista, estão, por ordem: recém-nascidos prematuros ou de baixo peso que não sugam; recém-nascidos infectados, especialmente com enteroinfecções; recém-nascidos em nutrição trófica; recém-nascidos portadores de imunodeficiência; recém-nascidos portadores de alergia a proteínas heterológas; e casos excepcionais, a critério médico.
Vale destacar que a doação ajuda quem recebe, mas também a mulher que doa. A ordenha evita o ingurgitamento mamário, conhecido popularmente como leite empedrado, e outros problemas da mama puerperal na mulher que tem um grande excedente lácteo. Os pediatras precisam estar preparados para orientar as mães doadoras.
PANDEMIA – A recomendação do Ministério da Saúde é que as mulheres não deixem de doar mesmo em tempos de Covid-19. Em 2020, mesmo com o novo coronavírus, o volume de leite doado foi 2,7% superior ao ano anterior. A partir da doação de 182 mil mulheres, foram coletados 229 mil litros de leite materno, sendo que 157 mil litros foram distribuídos, beneficiando 212 mil recém-nascidos. Isso representa 64% da real necessidade por leite materno.
Este ano, em alusão ao Dia Mundial de Doação do Leite Materno, a SBP publicou ainda a nota “Amamentando a conscientização sobre a doação de leite humano”. O objetivo foi conscientizar os profissionais de saúde, sobretudo os pediatras, sobre a importância de trabalhar o tema doação de leite humano com o maior número de mulheres devido aos impactos positivos da atuação dos Bancos de Leite Humano (BLH) no campo da saúde materno infantil.
De acordo com a nota, a prática do aleitamento materno (AM), embora pareça a escolha mais natural, por acreditar-se ser inerente à maternidade, é edificada socioculturalmente mais do que determinada biologicamente. As atitudes e crenças das diferentes sociedades e culturas afetam a decisão materna em relação à amamentação e têm impacto significativo no seu sucesso.
“É preciso transformar o ambiente da mãe e seu sistema de apoio, o que é facilitado quando os bancos de leite humano são incluídos como parte de um programa abrangente de promoção da amamentação, pois dessa forma a percepção geral do valor do leite humano (LH) aumenta e todos os bebês podem ser beneficiados”, explicam no documento os especialistas do DC de Aleitamento Materno da SBP.
*Com informações da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde
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