“Paralisia infantil: a ameaça está de volta”. Esse é o tema da campanha lançada nesta semana pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e que conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e outras instituições. A iniciativa tem como objetivo alertar a população para o perigo da poliomielite e estimular a adesão à campanha de vacinação promovida neste momento pelo Ministério da Saúde e à vacinação de rotina, disponível de forma gratuita durante todo o ano.
“Nós, pediatras, temos um papel fundamental em estimular e apoiar campanhas que visem a melhoria das coberturas vacinais em nosso País. Os pais não estão percebendo o grande risco que seus filhos correm ao não os vacinar. Cabe a nós orientar os pais e/ou cuidadores em relação à proteção das nossas crianças e adolescentes por meio da vacinação”, declara o presidente da SBP, dr. Clóvis Francisco Constantino.
ACESSE AQUI O SITE DA CAMPANHA.
CENÁRIO PREOCUPANTE – Apesar de o País não ter casos desde 1989, o cenário preocupa. Registros recentes em outras nações que também eliminaram a doença, aliados à queda nas coberturas vacinais no Brasil fazem do retorno da pólio uma possibilidade cada vez mais próxima. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), inclusive, classifica o risco como alto.
O recuo da vacinação no Brasil começou em 2016. Desde então, exceto em 2018, a cobertura mínima para o controle da doença (95%) não é atingida. Os resultados se tornaram ainda piores após o início da pandemia. Em 2021, 30% das crianças menores de 1 ano não foram vacinadas, 40% não receberam o reforço do primeiro ano de vida e 55% não receberam o reforço dos 4 anos. Os números são do DataSUS.
“Temos uma geração que, graças às vacinas, não sabe como a pólio é terrível. Não podemos aceitar que crianças deixem de andar ou até mesmo sejam obrigadas a passar a vida com auxílio respiratório por causa de uma doença prevenível. Podemos ter que enfrentar uma tragédia em breve, mas ainda há tempo de evitá-la”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), dr. Juarez Cunha.
A campanha da SBIm será realizada exclusivamente online, ao longo dos próximos dias. Os materiais — que incluem uma landing page, peças informativas, vídeos com especialistas e os depoimentos de pessoas que sofrem com as sequelas da pólio — serão divulgados nas redes sociais e sites da SBIm e das entidades apoiadoras. Além da SBP, apoiam a iniciativa o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Bio-Manguinhos/Fiocruz, Rotary Club, Associação de Assistência à Criança com Deficiência (AACD) e as sociedades brasileiras de Infectologia (SBI) e a de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
“A internet é cada vez mais usada pelos brasileiros como fonte de informações, não apenas sobre saúde, mas a respeito de todos os temas. Infelizmente, há grupos que se aproveitam disso para criar e disseminar fake news, que, na prática, matam a causam sequelas”, explica a vice-presidente da SBIm e membro do Departamento Científico de Imunizações da SBP, dra. Isabella Ballalai, sobre a decisão de a iniciativa ser focada no mundo virtual.
Representante da SBP participa de 2º Simpósio sobre Doenças Crôni...
21/11/2024 , 14:53Departamentos Científicos e Grupos de Trabalho da SBP apresentam ...
18/11/2024 , 12:16JPed: acesse agora os artigos do volume 100 - edição 6
18/11/2024 , 12:18SBP realiza webinar sobre hipovitaminose D para atualizar pediatr...
18/11/2024 , 12:15Pediatras celebram recertificação do Brasil como país livre do sa...
18/11/2024 , 12:14Reporte Semanal JPed: confira os novos informativos disponíveis e...
18/11/2024 , 12:12