SBP conclama filiadas a realizarem atividades voltadas ao Dia do Adolescente


Para celebrar o Dia do Adolescente, em 21 de setembro, o Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) convoca suas filiadas para realizarem atividades e eventos sobre o tema envolvendo questões como crescimento, desenvolvimento, autolesão e suicídio. Para a presidente do DC de Adolescência da SBP, dra. Alda Elizabeth Iglesias, a atenção à saúde dos adolescentes é fundamental, em especial no mês de prevenção ao suicídio, o Setembro Amarelo.

“É extremamente importante que as filiadas que façam eventos científicos voltados à realidade local englobem em suas programações temas como as dificuldades do atendimento aos adolescentes, a falta de acompanhamento, a saúde mental, entre outros. Mesmo que os eventos não sejam no dia 21 de setembro, que sejam em uma outra data, de forma que chamem a atenção dessa importante missão que é cuidar dos adolescentes”, conclama.

Ela explica que, por ser um período de muitas mudanças e descobertas, a adolescência precisa ser acompanhada de perto pelos pais ou responsáveis e, especialmente, pelos pediatras especializados em Medicina do Adolescente. “Nessa segunda década da vida, ou seja, dos 10 aos 20 anos incompletos, ocorrem importantes transformações nas esferas física, social e emocional dos indivíduos. Por isso, é preciso abordar com esse público assuntos que são relevantes nesta fase, como a sexualidade, o futuro profissional e a identidade do indivíduo”, frisa.

ATENÇÃO ESPECIALIZADA – A presidente do DC de Adolescência assinala que é missão do pediatra cuidar da criança – do nascimento à adolescência – e alertar aos pais sobre os sinais de autolesão, depressão, suicídio, entre outros assuntos inerentes à fase infantojuvenil. Para ela, o envolvimento deste profissional nessas questões é fundamental para o pleno desenvolvimento para que cheguem com saúde à vida adulta.

“Um atendimento adequado, que compreenda o indivíduo de forma holística, com atenção aos aspectos psicossociais e ao atual cenário que envolve a internet como fonte propagadora de episódios de bullying, autolesão e suicídio, faz a diferença e pode contribuir para o melhor encaminhamento do paciente”, ressalta.

Dra. Alda Elizabeth reforça que a saúde dos adolescentes exige muito mais do que o simples acompanhamento de indivíduos em fase de crescimento até atingirem a idade adulta e que há a necessidade de desmistificar o adolescente como causador de problemas e compreendê-lo como um indivíduo que se encontra em processo de aprendizagem. “É preciso cuidar para que se transformem em pessoas com saúde integral, reconhecendo seus direitos e deveres para o exercício pleno da cidadania. Assim, o Dia do Adolescente serve para ajudar a conscientizar as pessoas sobre a necessidade de construir um vínculo de diálogo com os jovens”, observa.