A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) – por meio do seu Departamento Científico de Reumatologia – convoca todos os pediatras associados à instituição para que deem sua contribuição para a consulta pública da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC) referente a inclusões no atual PCDT (Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica) de Artrite Idiopática Juvenil (AIJ). O prazo para envio das sugestões termina em 13 de julho.
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Segundo o presidente do DC de Reumatologia da SBP, dr. Clovis Artur Almeida da Silva, essa é uma oportunidade para que sejam atualizadas ou incluídas algumas recomendações no PCDT para esta importante doença crônica, tais como:
1) Abatacepte subcutâneo para menores de 18 anos e reforçar a necessidade do abatacepte 250 mg frasco-ampola (endovenoso) para a população pediátrica;
2) Adalimumabe com inclusão da apresentação de 20 mg. Esta apresentação é relevante para crianças menores, particularmente acima de 2 anos (com ou sem uveíte);
3) Canaquinumabe como opção importante no tratamento da AIJ forma sistêmica, particularmente nos pacientes com manifestações sistêmicas que não apresentaram resposta terapêutica ou tiveram eventos adversos relacionados ao tocilizumabe;
4) Tocilizumabe com inclusão da via subcutânea
5) Outras sugestões pertinentes para AIJ, como tratamento da uveíte, etc.
DELIBERAÇÃO INICIAL – Os membros da Conitec presentes na 98° reunião do plenário, realizada nos dias 9 e 10 de junho deste ano, deliberaram para que o tema fosse submetido à consulta pública com recomendação preliminar favorável à publicação deste Protocolo.
Dr. Clovis Artur explica que a AIJ é a principal causa de artrite crônica incapacitante na faixa etária pediátrica. “Portanto, os medicamentos são fundamentais para controlar dor e atividade inflamatória, prevenir deformidades articulares e sequelas oculares, além de melhorar a qualidade de vida relacionada à saúde dos pacientes e de seus cuidadores”, declara.
O especialista frisa que esse PCDT apresenta critérios de diagnóstico, a classificação dos subtipos da AIJ, o tratamento não medicamentoso e o tratamento medicamentoso preconizado para cada subtipo da doença.
“Doentes de artrite idiopática juvenil devem ser atendidos em serviços especializados, para seu adequado diagnóstico, inclusão no protocolo de tratamento e acompanhamento. Preferentemente, que o tratamento seja orientado por reumatologista pediátrico”, salienta.
A DOENÇA – AIJ é a denominação escolhida pela Liga Internacional de Associações de Reumatologia (International League of Associations for Rheumatology - ILAR) para definir um grupo heterogêneo de doenças autoimunes caracterizadas pela presença de artrite crônica (artrite fixa em uma ou mais articulações com duração maior do que seis semanas), de origem desconhecida e que se inicia antes dos 16 anos de idade.
A AIJ é a doença reumática crônica mais comum em crianças e adolescentes. Inexistem estudos epidemiológicos no Brasil, mas estima-se que seja tão frequente como na Europa e Estados Unidos, onde os dados mostram uma incidência entre 2 a 20/100.000 casos/ano e prevalência em torno de 16 a 150/100.000.
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