A atual gestão da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) acaba de criar o Grupo de Trabalho (GT) em Oftalmologia Pediátrica da instituição. O ofício, assinado pela presidente da SBP, dra. Luciana Silva, formalizando a criação do GT por meio da Resolução nº001/2018 foi encaminhado nessa quarta-feira (7). “Essa é uma área importante para os pediatras e a ideia de formação do grupo surgiu em 15 de maio deste ano, a partir da identificação da necessidade clínica na prática diária do pediatra sobre os assuntos relacionados à saúde ocular das crianças”, conta a dra. Luciana Silva, uma das idealizadoras.
“As queixas oculares são frequentes nas consultas pediátricas e já no nascimento é possível identificar determinadas doenças que podem ser de extrema gravidade à saúde dos olhos das crianças e que podem passar despercebidas gerando problemas mais tardiamente”, afirma o diretor científico da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Dirceu Solé, que trabalhou junto à dra. Luciana na criação do GT em Oftalmologia da SBP.
O Grupo de Trabalho em Oftalmologia da SBP é composto pelos drs. Dirceu Solé e Luciana Silva, da SBP; e os drs. Fábio Ejzenbaum, Galton Carvalho Vasconcelos, Júlia Dutra Rosseto, Luisa Moreira Hopker, Célia Nakanami e Rosa Maria Graziano, da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP).
VEJA AQUI O MINICURRÍCULO DE CADA UM DOS INTEGRANTES.
Para o dr. Fábio Ejzenbaum, primeiro secretário da SBOP e presidente eleito da entidade para a gestão 2019-2021, a criação do grupo é fundamental em vários aspectos científicos e sociais e pode dar uma maior visibilidade aos oftalmopediatras no meio pediátrico, possibilitando ao grupo contribuir com propostas que melhorem a saúde visual das crianças.
“Nossa expectativa é que possamos, em conjunto, melhorar a qualidade de informações para os pediatras oftalmologistas e a população em geral no que tange aos assuntos oftalmopediátricos, bem como fundamentar os laços entre as duas Sociedades, podendo realizar, em parceria, jornadas, congressos, trabalhos científicos, estabelecer diretrizes e consensos nessa área”, expõe o médico.
Ele acredita que o GT em Oftalmologia da SBP contribuirá com a pediatria em diversos assuntos, desde quando encaminhar a criança ao oftalmologista, como conduzir e orientar alterações como o olho vermelho, obstrução das vias lacrimais, retinopatia da prematuridade, catarata congênita, entre outras doenças.
PRODUÇÃO CIENTÍFICA – Dr. Dirceu Solé conta que o documento científico “Teste do reflexo vermelho” já está concluído pelo Grupo e, em breve, será apresentado aos associados da SBP. “Nele são apontadas as principais condições oculares em que há problemas com o reflexo da luz ao incidir sobre o olho”, adianta o dr. Solé.
Além desse material já pronto, outro documento mais extenso com a temática “O olho vermelho: causas”, em fase de elaboração pelo Grupo, abordará as situações clínicas que fazem com o que o olho fique vermelho. “Também estão trabalhando nesse documento científico os Departamentos Científicos (DC) de Alergia, Reumatologia e Infectologia da SBP, e prevemos lança-lo no próximo semestre”, destaca o dr. Solé.
PRINCIPAIS PROBLEMAS – Segundo a SBOP, aproximadamente 20% das crianças e adolescentes podem ser acometidos por problemas oculares. Entre as principais alterações oftalmológicas no grupo pediátrico estão as ametropias (miopia, hipermetropia, astigmatismo); ambliopia; estrabismo; obstrução congênita das vias lacrimais; catarata congênita; infecções (conjuntivites, infecções neonatais, etc.); uveítes; retinopatia da prematuridade; retinoblastoma; blefaroptose e a conjuntivite alérgica.
“Algumas afecções precisam ser diagnosticadas precocemente com risco de ambliopia uni ou bilateral, dentre elas a catarata congênita. Alguns erros refrativos anisometrópicos, que é a grande diferença de grau entre os dois olhos, e o estrabismo. Além disso, doenças como o retinoblastoma e outros tumores oculares, se não diagnosticados, podem, inclusive, levar a óbito”, explica o dr. Fábio Ejzenbaum.
O médico alerta ainda que para os pais não é fácil observar se o filho tem problemas oftalmológicos. “Muitas vezes a aproximação para ler ou ver um objeto e fechar um dos olhos podem ser sinais importantes de alguma alteração na visão. No entanto, é essencial que o oftalmologista pediátrico examine a criança regularmente, pois como se trata de avaliação muito específica, somente esse profissional está apto a avaliar a criança corretamente”, adverte.
Atenção, associados: se aproxima o período de votação da SBP!
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