O Departamento Científico de Toxicologia e Saúde Ambiental da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou na última sexta-feira (24) a nota “Agentes químicos para desinfecção de mãos e superfícies de contato no ambiente, na prevenção de contaminação pelo SARS-CoV-2 (Novo Coronavírus) responsável pela COVID-19”. O objetivo é alertar a população sobre o fato de que alguns agentes químicos úteis na prevenção e controle da disseminação de outros micro-organismos, como bactérias e fungos, mostraram pouca ou nenhuma eficácia contra o novo coronavírus.

ACESSE AQUI A ÍNTEGRA DA NOTA DE ALERTA

Segundo o documento da SBP, que também contou com a revisão do Departamento Científico de Infectologia, entre os agentes que se mostraram ineficazes estão incluídos os compostos de amônio quaternário, como cloreto de benzalcônio.

Por outro lado, soluções de álcool etílico (etanol) entre 60% e 70%, para desinfecção de mãos; álcool isopropílico (isopropanol) para desinfecção de equipamentos eletrônicos de uso intensivo no momento (celulares, microcomputadores) e soluções de hipoclorito de sódio 5% (água sanitária), diluídas até concentrações mínimas (1:50 ou 0,1%), são capazes de inativar o vírus em menos de um minuto.

A nota de alerta diz que o Peróxido de hidrogênio (água oxigenada) 0,5% também é referido como eficaz, incluindo processos para reaproveitamento de EPIs (equipamentos de proteção individual) por parte de profissionais de saúde, mas que exigem equipamentos para geração de sprays da solução, de maior custo e não disponíveis em nosso meio.

O documento da SBP relata, ainda, os aspectos relevantes quanto às propriedades químicas, eficácia no contexto atual e eventuais riscos da utilização desses agentes químicos.