SBP divulga documento sobre Manifestações Gastrintestinais dos Erros Inatos da Imunidade

O Departamento Científico (DC) de Imunologia Clínica da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançou na última semana o documento “Manifestações Gastrintestinais dos Erros Inatos da Imunidade (EII)”. A publicação visa orientar os pediatras a respeito de sintomas e doenças do trato gastrintestinal que comumente constituem um dos primeiros indicadores da existência de EII.

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De acordo com o texto, os EII devem ser considerados na avaliação de qualquer paciente com diarreia intratável, doença inflamatória, má absorção ou falha no crescimento – especialmente se há resistência aos tratamentos convencionais e infecções recorrentes –, uma vez que um terço dos erros inatos apresenta essa modalidade de características.

DOENÇAS INFLAMATÓRIAS – Uma das patologias destacadas pelo documento científico é a Doença Inflamatória Intestinal (DII) monogênica pediátrica e suas classificações, baseadas na idade do início dos sintomas. Clinicamente, todos os subgrupos da doença são indistinguíveis da DII clássica (Doença de Crohn e Colite ulcerativa) e correspondem a 28 EII diferentes. Por isso, a publicação da SBP ressalta a importância de identificar esses pacientes, por meio de exames adequados, já que os indivíduos podem necessitar de tratamento com transplante de células-tronco hematopoiéticas.

Além do início precoce, os sinais de alerta para diagnóstico de DII monogênica pediátrica inclui: histórico da doença na família; consanguinidade; manifestações de autoimunidade associadas; falha de crescimento; alterações endócrinas; febre recorrente infecciosa ou inexplicável; doença perianal grave; obstrução ou atresia do intestino; lesões cutâneas e dentárias; e outras.

Ainda segundo o texto, dentre as manifestações gastrintestinais, a Doença Gastrointestinal Inflamatória (DGII) é a mais proeminente entre as 354 doenças por EII, com prevalência identificada desde a primeira infância até a vida adulta. Os pacientes podem ser agrupados em função de distúrbios nas células (T e B) ou nos neutrófilos e os principais sinais de atenção são infecções bacterianas recorrentes; diarreia grave; ulceração; colite; doenças perianais; entre outras.

O documento traz ainda um amplo quadro de referência com outras associações de manifestações gastrointestinais não inflamatórias e seus respectivos sintomas verificados nos EII.