Os Departamentos Científicos de Alergia e de Pneumologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgaram. nesta segunda-feira (23), documento científico com orientações aos pacientes e cuidadores de crianças com asma para prevenir o contágio pelo coronavírus durante a pandemia da COVID-19.
Segundo o documento, pacientes com asma não são mais propensos a adquirir a infecção, porém são mais propensos a desenvolver complicações em caso de contágio. “O mais importante é não interromper o tratamento da asma. Em caso de dúvida o paciente deverá pedir auxílio e orientações ao seu médico assistente”, alerta o documento.
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Os DCs de Alergia e de Pneumologia da SBP também recomendam manter o uso dos corticosteroides inalatórios nos pacientes com asma, uma vez que o tratamento de controle da doença, especialmente nas crianças, está baseado nesses medicamentos para reduzir a inflamação broncopulmonar, seus sintomas e exacerbações.
O documento informa, ainda, que durante as exacerbações, o uso de corticosteroide oral nas doses indicadas pelo médico por 5 a 7 dias pode ser indicado para resolver a crise de asma. Seu efeito anti-inflamatório é essencial nesta situação, podendo reduzir as idas a serviços de emergência.
Em contrapartida, os alergistas e pneumologistas da SBP ressaltam que, neste momento crítico de pandemia pela COVID-19, a espirometria, oscilometria e outras provas de função pulmonar devem ser adiadas nas crianças com asma.
“Vale lembrar que durante o exame são solicitados aos pacientes que façam manobras respiratórias forçadas que, consequentemente, propiciam a formação de aerossóis. Em situações especiais, onde o especialista julgue extremamente necessária a realização do exame, todos os cuidados devem ser tomados”, destacam.
A entidade também adverte que os pacientes deverão utilizar seus dispositivos inalatórios, em aerossol dosimetrado ou inalador de pó, de forma individual, sem compartilhamento, uma vez que os reservatórios de nebulizadores são potenciais fontes de contaminação.
O texto observa, ainda, que não existem evidências ou ensaios clínicos que avaliem o efeito imunossupressor ou potencializador de respostas antivirais com os agentes imunobiológicos utilizados para o tratamento adjuvante da asma.
De acordo com o documento, não foram identificados estudos específicos sobre o coronavírus. “Pacientes em uso de biológicos apresentam asma grave e devem ser monitorados cuidadosamente, além de tomar todas as medidas de prevenção ao contágio”, destaca.
Os DCs de Alergia e Pneumologia da SBP dizem que não há evidências de alterações imunológicas promovidas pela imunoterapia específica para alérgenos que favoreçam o risco ou maior gravidade de infecções pelo novo coronavírus e que todos os pacientes com asma devem ser vacinados.
Confira todas as orientações da SBP sobre a COVID-19 em https://www.sbp.com.br/especiais/covid-19/
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