Com pesar, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade de Pediatria de Pediatria (Sopepe) lamentam o falecimento da pediatra dra. Sônia Bechara Coutinho no último sábado (9), em Paulista, no Grande Recife (PE), onde o corpo foi cremado.

“A pediatria pernambucana fica menor com a perda da profª. Sonia Bechara. Incansável na luta da promoção de uma melhor assistência materno infantil no Estado e na promoção do aleitamento materno. Estou certo de que ela deixa muitas lições a toda uma geração”, lamenta o presidente da Sopepe, dr. Eduardo Jorge.

A ex-presidente da filiada, dra. Gisélia Alves, também lamentou a morte da amiga e colega de profissão. “Perdemos uma professora que ensinou gerações e deu exemplo de como um médico deve ser. Uma lutadora incansável pela humanização do ambiente do berçário. Lutou em diversas frentes pelo aleitamento materno. Minha amiga há 50 anos. Uma tristeza imensa”, disse.

Na SBP, dra. Sônia Bechara participou como membro do Departamento de Aleitamento Materno (1994-1998 e em 2003), contribuindo com pesquisa e publicações em aleitamento materno. Ela também foi vice-presidente da Sopepe na gestão da dra. Gisélia Alves (1992-1993). "Que sua trajetória de compromisso com a saúde das crianças e dos adolescentes e sua dedicação à pediatria brasileira continuem servindo de exemplo para as novas gerações de especialistas”, enfatizou o dr. Joel Lamounier, diretor de Ensino e Pesquisa da SBP.

Dra. Sônia deixou o esposo, o cirurgião vascular dr. Nelson Coutinho, e três filhos: Nelson, André e Renata.

TRAJETÓRIA – Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (1973), era também mestre em Pediatria (1978) e doutora em Nutrição (2003) pela mesma universidade. Profissional experiente em Nutrição Infantil, atuava principalmente nas áreas de aleitamento materno, neonatologia, mortalidade, neonatal e nutrição infantil.

Dra. Sônia era docente da Universidade Federal de Pernambuco no Centro de Ciências da Saúde, Departamento Materno-Infantil e participou como orientadora de alunos de iniciação cientifica, mestrado e doutorado. Atuou muitos anos no Hospital Agamenon Magalhães (HAM), onde implantou importantes serviços para a rede materno-infantil do Estado, como a UTI Neonatal, a Unidade de Cuidados Intermediários da maternidade, além dos Alojamentos Conjuntos e Canguru.

O Banco de Leite Humano do HAM, uma das principais referências do estado de Pernambuco, inclusive, leva o nome da médica, em homenagem aos seus serviços implementados na área. Nos últimos anos, ministrava no Agamenon Magalhães diversos cursos sobre aleitamento materno e a importância da amamentação.