SBP lança documento sobre diferenças entre fórmulas e compostos lácteos infantis

Quais caminhos seguir quando o aleitamento materno exclusivo não é possível? Para responder a esta e outras questões relacionadas à amamentação, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançou o documento científico “Fórmulas e Compostos Lácteos Infantis: em que diferem?”. O material, produzido pelo Departamento Científico de Nutrologia da SBP, ressalta a importância do leite materno como único alimento nos seis primeiros meses de vida. Também busca esclarecer e diferenciar os casos em que é necessário utilizar substitutos.

Para os especialistas, o primeiro ano de vida é uma fase de crescimento acelerado, que exige aporte adequado de proteínas de alto valor biológico e cálcio. Na prática clínica, no entanto, eles observam que inúmeras situações dificultam o sucesso do aleitamento exclusivo. Neste sentido, a prescrição de substitutos deve ocorrer apenas após se esgotarem as possibilidades de manter a amamentação de forma parcial ou total.

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Segundo a publicação, o leite de vaca integral não é recomendado para crianças menores de um ano. A melhor alternativa disponível para substituir o leite materno, aponta o documento, é o uso de fórmulas infantis. O objetivo é garantir a oferta nutricional e a manutenção do bem-estar biopsicossocial da mãe e do lactente, que pode ser realizada de forma definitiva, momentânea ou pontual.

O material destaca que informações sobre a indicação da faixa etária para o uso desses itens devem ser individualizadas. O profissional deve avaliar a criança e designar o melhor produto de acordo com sua composição e qualidade para atender as necessidades nutricionais.

A publicação manifestou ainda preocupação com a grande oferta no mercado brasileiro de diferentes produtos à base de leite de vaca com composição nutricional variável, que se encaixam na definição de compostos lácteos. Por isso, o documento destaca que é preciso ficar atento ao marketing substancial, que declara de forma consistente benefícios do seu uso à saúde. Esses produtos, muitas vezes, apresentam rótulos pouco claros e embalagens semelhantes às fórmulas infantis, o que gera confusão para as famílias com relação às suas diferenças.