SBP lança Manual de Aleitamento Materno e com a Soperj orienta a população

Roberta Fernandes e Marcelo Serrado, madrinha e padrinho em 2013 Com o lançamento de Manual para profissionais da saúde, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj) promovem evento para a população, no dia 04 de agosto, domingo, de 9 às 13h, nos jardins do …

Roberta Fernandes e Marcelo Serrado, madrinha e padrinho em 2013

Com o lançamento de Manual para profissionais da saúde, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj) promovem evento para a população, no dia 04 de agosto, domingo, de 9 às 13h, nos jardins do Palácio do Catete (Rua do Catete, 153), em comemoração à 22 ª Semana Mundial da Amamentação (SMAM). O ato contará com as crianças do coral e do grupo de teatro organizados pela Academia Brasileira de Pediatria, atividades lúdicas e orientação para as famílias, que poderão tirar dúvidas a respeito do aleitamento materno. Este ano, a campanha tem a pedagoga e bailarina Roberta Fernandes e o ator Marcelo Serrado como madrinha e padrinho.

Em 10 capítulos e 312 páginas, o Manual (SBP e editora Manole) aborda da fisiologia da lactação até a contribuição dos Bancos de Leite Humano, passando por temas como o uso da tecnologia e a proteção legal do aleitamento materno. “Trabalhamos para a diminuição dos índices de mortalidade infantil e para levar mais qualidade de vida para as crianças. Por isso, a iniciativa do nosso Departamento Científico de Aleitamento Materno de produzir o Manual”, diz o presidente da SBP, Eduardo Vaz. “Queremos uma criança mais saudável e preparada para viver 100 anos”, afirma Luciano Borges Santiago, presidente do Departamento e organizador da publicação, que responde as principais dúvidas dos profissionais para que possam bem orientar as mães.

Dentre as várias informações, o esquema para a introdução da alimentação complementar é o também preconizado pelo Departamento de Nutrologia da SBP. Até os seis meses o bebê deve receber somente leite materno, sem água, nem chás. A partir dos seis meses, cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas (raspadas, amassadas, sucos) e legumes devem fazer parte da alimentação da criança no mínimo três vezes ao dia. Os alimentos precisam ser oferecidos, de forma lenta e gradual, mantendo o leite materno até os dois anos da criança ou mais. Os horários devem ser regulares, acompanhando o das refeições da família, respeitando o apetite da criança. A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida em colher, começando com consistência pastosa (papas/purês). Açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas devem ser evitadas no primeiro ano de vida. Peixe e ovo podem ser introduzidos a partir do sexto mês, mas leite de vaca integral não deve ser oferecido no primeiro ano. O Manual de Aleitamento Materno já está à venda pelo site da editora (www.manole.com.br), com entrada também peloportal da SBP e em breve chegará às livrarias do país (R$59,00). Haverá também versãoe-book.

Para a população, além do evento no Catete, o Disque-Amamentação da Soperj vai funcionar pelo telefone (21) 9981 5866, das 9h às 16h nos dias 1 e 2 (quinta e sexta-feira) e 5,6 e 7 (de segunda a quarta-feira).
A SMAM é uma estratégia idealizada pela Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (Waba, a sigla em inglês) e ocorre, de 1 a 7 de agosto, em cerca de 150 países. O tema deste ano é: “Apoio às mães que amamentam: próximo, contínuo e oportuno”.

Madrinha e padrinho em 2013

Roberta e Marcelo são pais dos gêmeos univitelinos Guilherme e Felipe, nascidos no dia 09 de abril.  Roberta queria muito amamentá-los e procurou se informar sobre o assunto. Seu maior medo era não ter leite. Recebeu apoio e informação dos profissionais que trabalham na maternidade, assim como incentivo do médico: “Acho que o pediatra, melhor do que ninguém, sabe da importância da amamentação. Quando as crianças nasceram, Marcelo estava em São Paulo, trabalhando no teatro e fazendo um filme. Veio para o parto, mas somente  um mês depois pode estar definitivamente de volta ao  Rio de Janeiro: “Foi muito difícil, complicado”,  salienta o ator . Mas mesmo à distancia, ele foi muito “parceiro”, comenta a sogra, D. Ângela Fernandes, que ficou com Roberta no período.

A voz de Marcelo, no entanto, esteve sempre presente com os filhos. Roberta fez uma gravação, colocava para as crianças e, pelo telefone, ele também falava com os gêmeos: “Alô, papai está trabalhando em São Paulo, mas vou voltar. Amo vocês!”. Agora, é alegria total, Marcelo põe os filhos para arrotar, brinca com eles, conversa. “Minha filha mais velha, Catarina, de oito anos, também está muito ligada aos irmãos, tem uma relação de proteção. Outro dia, perguntou: ‘Pai posso levar o Felipe para o colégio? Roberta se dá muito bem com ela, se adoram”, assinala. Sobre a amamentação, é categórico: “Sempre achei importante” e citando o cálcio, lembra dos nutrientes que são facilmente absorvidos, porque, como frisa Roberta, estão “biodisponíveis”. Elogiado pela mulher e pela sogra, Marcelo é definido como um pai “cuidadoso, participativo”, diz D. Ângela.