SBP mantém representação em comitê consultivo sobre classificação indicativa

Por mais um ano, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) foi convidada a integrar o Comitê de Acompanhamento pela Sociedade Civil para a Classificação Indicativa. A iniciativa, liderada pela Coordenação de Política de Classificação Indicativa, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, possui caráter permanente, consultivo e de promoção da participação social no âmbito da política de classificação indicativa. Representando a SBP, dra. Evelyn Eisenstein, coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Saúde na Era Digital da SBP, se manterá como membro do grupo.

“Esse novo convite evidencia a relevância e a responsabilidade social da SBP disseminando a importância da classificação indicativa e do cuidado com os conteúdos consumidos pelas crianças e adolescentes. Nos últimos anos, elaboramos diversos documentos relacionados a essa temática, voltados à capacitação e atualização dos pediatras, que têm o papel essencial de orientar as famílias e responsáveis”, analisa dra.  Evelyn.

O órgão de assessoramento propõem critérios para a categorização de obras audiovisuais, exposições, mostras de artes visuais, jogos e aplicativos. Além da SBP, o comitê é composto por representantes das seguintes entidades:  Agência Nacional dos Direitos da Infância; Conselho Federal de Psicologia; Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente; Instituto Alana; e Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social.

“Durante o período em que o cérebro da criança ainda está se desenvolvendo, o cuidado é essencial. Os pais e responsáveis não podem permitir que eles assistam nenhum conteúdo sem uma análise prévia. E o comitê se mostra mais uma ferramenta em prol da proteção dos pequenos, para que certos comportamentos desviantes não sejam banalizados”, afirma a dra. Evelyn.

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA – É de suma importância que os pais e responsáveis estejam atentos à ferramenta de Classificação Indicativa promovida no País. Um portal e guia prático estão acessíveis para consultas sobre quais games, filmes, vídeos e outros conteúdos são – ou não – recomendados de acordo com a idade e a compreensão das crianças e adolescentes. Os critérios são determinados como livre, com exibição adequada em qualquer horário e para qualquer faixa etária, ou inadequados para idades abaixo de dez, 12, 14, 16 e 18 anos. 

“É essencial que seja mantida a classificação indicativa, que não é uma ferramenta de censura mas, sim, de orientação aos pais e responsáveis. Nesse momento, vivemos um isolamento social, por conta da pandemia do novo coronavírus, e as famílias ficam ainda mais em casa e consequentemente consomem mais produtos midiáticos. Esse controle precisa, então, mais do que nunca, ser reforaçdo”, avalia a coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Saúde na Era Digital da SBP.