Na última quarta-feira (9), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) participou do lançamento do “Manual Gestação de Alto Risco e Apresentação para Redução da Morte Materna no Brasil”. A publicação, elaborada pelo Ministério da Saúde, está em sua 6ª edição e tem como objetivo auxiliar a organização da assistência materna e perinatal, uniformizando conceitos e critérios para a abordagem da gestação de alto risco, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das melhores evidências clínicas.
Representando a SBP, esteve presente a dra. Maria Albertina Santiago Rego, presidente do Departamento Científico de Neonatologia da SBP. A médica ressalta a importância de abordar esse assunto que, segundo ela, se configura como um grande problema de saúde pública, que repercute socialmente de maneira sumária na desintegração familiar. “Parabenizo a iniciativa da elaboração desse manual, já que as causas de mortalidade materna no Brasil são em sua maioria potencialmente evitáveis, como síndromes hipertensivas; e hemorragias e infecções durante a gestação, parto e puerpério”, afirma.
O lançamento do manual foi realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e reuniu representantes de diversas outras instituições, como: Conselho Federal de Medicina (CFM); Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS); dentre outras.
A elaboração do manual foi coordenada pelo professor dr. Eduardo de Sousa, da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, e contou com o apoio de médicos obstetras especialistas do País. O documento traz informações atualizadas e ampliadas para proporcionar cuidados diferenciados às gestantes que possuam alguma doença preexistente, sofram algum agravo ou desenvolvam problemas durante a gestação; e que, por esses fatores, apresentam maior probabilidade de evolução desfavorável, tanto para o feto como para a mãe.
A publicação é voltada aos profissionais de saúde que atuam na assistência obstétrica, especialmente médicos obstetras e outros especialistas que se dedicam ao atendimento de mulheres com gestação de alto risco, como: cardiologistas, nefrologistas e intensivistas.
Dra. Maria Albertina ressalta a importância de que a SBP participe diretamente da elaboração de materiais futuros. “Conforme previsto no documento “Nascimento Seguro”, podemos participar em trabalho colaborativo implementando o conceito de perinatologia, assegurando a integração do cuidado materno-fetal e da criança após o nascimento. Precisamos estar juntos, trazendo a experiência da pediatria de trabalho parceiro, colaborativo e interdisciplinar”, analisa a presidente do DC de Neonatologia da SBP.
PAPEL DA SBP - A atuação da SBP na implementação de estratégias e ações de redução da mortalidade materna e infantil estão concisas no documento científico “Nascimento Seguro”, elaborado pelo Departamento Científico de Neonatologia da SBP. O material tem como diretriz a integração do cuidado perinatal no modelo de saúde materno-fetal, neonatal e infantil na Rede de Atenção à Saúde Materno Infantil.
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*Com informações do Ministério da Saúde
Foto: Divulgação/MS
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