SBP participa de reunião sobre uso do blinatumomabe para tratamento da Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) pediátrica

Para discutir a equidade no acesso ao tratamento das leucemias linfóides aguda (LLA) pediátricas no Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) participou de reunião organizada pela Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH). O encontro foi mobilizado a partir da Consulta Pública nº 90 da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec/SUS) sobre o Protocolo de Uso de Blinatumomabe para LLA B derivada pediátrica em primeira recidiva medular de alto risco.

Além da SBP, participaram da reunião representantes das Sociedades Brasileiras de Terapia Celular e Transplante de Medula Óssea (SBTMO), de Farmacêuticos em Oncologia (SOBRAFO), de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) e da Associação Brasileira de Enfermagem em Oncologia e Onco-Hematologia (ABRENFOH).

LEIA AQUI O PARECER SOBRE O PROTOCOLO DE USO.

“A disponibilidade de recursos diagnósticos e o acesso a medicações de qualidade e alto custo são grandes desafios para o tratamento da doença. A SBP - além de ter um papel no âmbito educacional para orientar os pediatras no diagnóstico precoce e acompanhamento das crianças - também tem uma posição política importante de estar presente nessas discussões junto aos órgãos reguladores para oferecer acesso a uma medicina de qualidade para todas as crianças”, destacou a dra. Liane Daudt, representante da SBP e membro do Departamento Científico de Hematologia da entidade.

Segundo estudos recentes, o blinatumomabe, quando utilizado em primeira recidiva medular de alto risco, demonstra superioridade nas curvas de sobrevida livre de eventos (SLE) e sobrevida global (SG) em relação à quimioterapia como droga de consolidação pré TCTH (Transplante de Célula Tronco Hematopoiética), além de apresentar menor incidência de toxicidade, principalmente nas que impactam em morbimortalidade. 

As entidades presentes na reunião reforçaram ainda que a incorporação desse medicamento no SUS é de fundamental importância para este grupo restrito de crianças já que a doença apresenta poucas possibilidades de cura com quimioterapia convencional.