A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) acaba de publicar o documento científico “Picadas de Inseto: Prurigo Estrófulo ou Urticária Papular”, que tem como objetivo atualizar as informações sobre o assunto. Elaborado pelo Departamento Científico de Dermatologia da entidade, o material alerta que o prurigo estrófulo é frequente na infância e com maior incidência nos períodos de calor. Os especialistas frisam que é fundamental ter conhecimento sobre essa doença para alcançar o correto diagnóstico e controle e, assim colaborar com a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias.
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O texto detalha que a reação de hipersensibilidade a antígenos existentes na saliva de insetos é conhecida por prurigo estrófulo ou urticária papular. Em indivíduos suscetíveis, depois de um número suficiente de picadas de insetos, ocorrerá a sensibilização e surgirão manifestações clínicas, com erupção papular crônica e/ou recidivante, pruriginosa, que acontecem normalmente entre o segundo e o décimo ano de vida. Este quadro é uma queixa frequente nos consultórios de pediatria, gerando angústia aos pais e desconforto às crianças.
O documento alerta que, por conta da dificuldade de identificação do inseto causador das picadas, muitos pais não aceitam o diagnóstico clínico e, dessa forma, não realizam as medidas preventivas que poderiam beneficiar a criança. Por isso, segundo os especialistas, é fundamental que os pediatras detalhem e convençam os pais sobre o correto diagnóstico.
PREVENÇÃO – Após o entendimento do diagnóstico, é essencial evitar a picada e, por isso, os pediatras precisam orientar adequadamente os pais sobre as medidas ambientais necessárias. Algumas delas são: o uso de roupas que formem uma barreira física (blusas de mangas longas e calças compridas em locais de maior exposição aos insetos); colocar telas nas janelas e portas das casas, para impedir a entrada dos insetos; a aplicação de mosquiteiros nas camas; o uso de repelentes tópicos infantis, com os devidos cuidados; dentre outros fatores.
Para o tratamento, o texto destaca, sempre sob prescrição e orientação médica, o uso de: corticosteroides tópicos de média potência; anti-histamínicos orais; loções com cânfora, calamina e mentol; e, no caso de infecção secundária por conta das lesões, antibióticos. Além disso, os especialistas frisam outras medidas importantes que devem fazer parte da orientação aos pais, como: cortar as unhas da criança, para evitar lesões traumáticas em decorrência do prurido intenso; e manter as lesões limpas com higiene local, para evitar infecção bacteriana secundária.
O DC de Dermatologia da SBP é composto pelos especialistas: dra. Vânia Oliveira de Carvalho; dra. Ana Maria Mosca de Cerqueira; dra. Ana Elisa Kiszewski Bau; dra. Gleide Maria Gatto Bragança; dr. Jandrei Rogério Markus; dra. Marice Emanuela El Achkar Mello; e dra. Matilde Campos Carrera.
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