“Nutrologia para Crianças e Adolescentes classificadas no Espectro Autista” é o tema do mais recente documento científico publicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O material foi elaborado pelo Departamento Científico de Nutrologia e enfatiza a necessidade de acompanhamento individualizado e multidisciplinar das crianças e dos adolescentes com transtorno do espectro autista (TEA), com médico nutrólogo, nutricionista, psicólogo e psiquiatra.
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Os especialistas frisam que são necessárias ações voltadas para a promoção da saúde global desses pacientes, como uma política de alimentação saudável, que incentive a atividades físicas, culturais de lazer e inclusão social, bem como acolhimento psicossocial de seus pais e cuidadores.
Especificamente sobre o hábito alimentar, o texto destaca que foi observado um padrão comum de seletividade alimentar, que pode repercutir negativamente no estado nutricional e no crescimento desses pacientes. O texto alerta que essa dinâmica pode resultar em importantes carências nutricionais e desnutrição energético-proteica. Porém, ressalta que o tratamento adequado é a não medicalização, mas sim a avaliação de cada paciente no seu entorno, que pode ser o responsável pela sua adequação nutricional.
O documento salienta, ainda, que foram constatados altos índices de sobrepeso e obesidade entre crianças e adolescentes com TEA. Eles apresentam um padrão de consumo elevado de alimentos processados, preferência por alimentos doces, consumo baixo de frutas e verduras, baixa variedade alimentar e grande dificuldade na aceitação da introdução de novos alimentos na dieta. Além disso, esses pacientes possuem grandes dificuldades em praticar exercícios físicos de forma estruturada, com exposição solar e interação social, corroborando o aumento do sedentarismo e consequentemente maior acúmulo de gordura corporal.
O material apresenta diversos estudos em relação a essa questão. Porém, segundo os especialistas, ainda não foi estabelecido um tratamento ideal que englobe todo o contexto nutricional, comportamental e medicamentoso; e aspectos físicos e educacionais dos pacientes com TEA. Dessa forma, o consenso mundial no que diz respeito ao autismo destaca a importância do diagnóstico precoce; e da individualização de todos os aspectos biopsicocomportamentais, acompanhamento multidisciplinar, evolutivo e repercussões do quadro sobre essas crianças, adolescentes e seus familiares.
O Departamento Científico de Nutrologia é composto pelos especialistas: dra. Virginia Resende Silva Weffort; dr. Hélcio de Sousa Maranhão; dra. Elza Daniel de Melo; dra. Junaura Rocha Barretto; dr. Mauro Fisberg; dra. Mônica de Araújo Moretzsohn; dra. Mônica Lisboa Chang Wayhs; e dr. Tulio Konstantyner. O documento contou ainda com a colaboração da dra. Denise Alves Brasileiro; do dr. Joel Alves Lamounier; e da dra. Natalia Vieira Inácio Calapodopulos.
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