As Sociedades Brasileiras de Pediatria (SBP), de Imunizações (SBIm) e de Infectologia (SBI) publicaram o parecer das instituições encaminhado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na ocasião em que foram consultadas sobre a vacinação de crianças de 3 a 17 anos com a vacina Sinovac©– (Coronavac). No documento, publicado na última quinta-feira (20), as entidades se manifestaram favoravelmente à autorização da vacinação com a Coronavac para a faixa etária de 6 a 17 anos.
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As entidades defendem um esquema vacinal com duas doses de 3µg (600 SU), com intervalo de 28 dias, o mesmo utilizado na população adulta. Em relação a uma futura ampliação do uso da vacina para crianças menores de seis anos, a SBP, SBIm e SBI esclarecem que esse fator fica condicionado à análise dos dados para este grupo etário, assim que estiverem disponíveis.
O texto destaca estudos que demonstram a efetividade da vacina para o grupo etário em questão, como o apresentado pelo Ministério da Saúde do Chile, com resultados preliminares sobre a população de 6 a 16 anos. Os dados foram coletados de forma prospectiva, com mais de 2 milhões de crianças já vacinadas, e mostram que, após sete dias da segunda dose da vacina, foi observada em relação às crianças não vacinadas uma efetividade de 74,23% contra infecção por SARS-CoV2; 74,12% contra covid-19 sintomática; e 90,24% contra hospitalização por covid-19. Neste estudo, nenhuma das crianças que foi internada em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) ou que veio a falecer havia sido vacinada com Coronavac.
SEGURANÇA - As entidades também enfatizam dados relacionados à segurança da vacinação dessas crianças. O texto apresenta o exemplo da vacinação na China entre crianças com 3 a 17 anos, no qual “os eventos adversos da Coronavac coletados (...) caracterizaram-se principalmente por reações não graves (14.314 casos - proporção 89,16%; taxa de notificação 6,78 casos em 100.000 doses) com apenas 550 consideradas graves (taxa de de 0,26 casos/100.000 doses)”.
Os especialistas afirmam, ainda, que “à luz dos conhecimentos ora vigentes, os benefícios da vacinação na população de crianças de 6 a 17 anos, com a vacina Coronavac, superam os eventuais riscos associados à vacinação, no contexto atual da pandemia”. No parecer, as entidades defendem que, após a aprovação pela agência regulatória e uso na população pediátrica da vacina, o produtor deverá manter vigilância de eventos adversos indesejáveis pós-comercialização (fase 4).
A SBP, SBIm e SBI sugerem também que sejam realizados estudos que possam identificar a eficácia e efetividade da vacina em locais com circulação da variante Ômicron; a possibilidade de coadministração com outras vacinas pediátricas; o uso da vacina em esquemas alternativos; além de dados de resposta imune celular neste grupo etário.
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