Um levantamento do Ministério da Saúde mostra que acidentes ou lesões não intencionais ocorridos dentro de casa ainda são a principal causa de morte de crianças entre 1 e 9 anos. São mais de cinco mil óbitos e 110 mil hospitalizados por ano, sendo que pelo menos 90% dos casos poderiam ser evitados. A partir de tais números, a Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) reforça orientações a pais e responsáveis para que acompanhem com rigor os brinquedos e espaços de lazer mais utilizados pelas crianças, sobretudo com a chegada do Dia das Crianças – 12 de outubro.
Afogamento, queda, sufocação, queimaduras, choque elétrico, envenenamento por plantas e animais venenosos estão entre as principais ocorrências. "Os cuidados começam na escolha dos móveis da casa, devendo ser evitadas peças que tenham pontas afiadas e portas de vidro. As camas devem ter altura adequada e os berços precisam de grades de proteção", como alerta a pediatra responsável pelo Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da Sobape, Márcia Barreto.
A especialista orienta ainda manter as janelas travadas com telas de proteção ou grades e que não se abram mais do que 15 centímetros, além de instalar grades ou portões de proteção no topo e na base das escadas. "Nas áreas externas e de lazer, é importante atentar para as condições mínimas de segurança e manter a vigilância enquanto a criança se diverte", completa, fazendo referência a uma cartilha com dicas editada pela Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor.
A pediatra também ressalta que é fundamental verificar se não existem fios desencapados e mantê-los isolados através de canaletas. "Tomadas também devem estar devidamente cobertas com tampas apropriadas ou escondidas por móveis, além de evitar uso demasiado de 'benjamins' ou extensões, que podem provocar sobrecarga e curto-circuito na fiação. Eletrodomésticos como ventiladores, ferro elétrico, secadores de cabelo precisam estar longe do alcance de crianças", enumera.
BRINQUEDOS – Com a chegada do Dia das Crianças, a orientação da Sobape é que os pais só comprem produtos que tenham o selo de qualidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e que correspondam à faixa etária da criança. "Itens adquiridos em comércio informal podem conter componentes tóxicos, por exemplo", alerta a pediatra.
Brinquedos com peças muito pequenas e os elétricos com plugues, baterias, pilhas podem ser facilmente engolidos. Para brinquedos sobre rodas, como patins, patinetes, skate, é indispensável o uso de equipamentos de segurança adequados ao tamanho da criança, a exemplo do capacete.
A pediatra da Sobape também aconselha que os pais evitem armazenar grande quantidade de bonecas e bichinhos de pelúcia no quarto de bebês, uma vez que eles acumulam pó e podem causar ou agravar alergias respiratórias.
"Em caso de acidentes, é fundamental manter a calma e buscar quem possa oferecer os primeiros socorros e acionar o serviço de urgência, através dos telefones canais 192 (Samu) ou 193 (Corpo de Bombeiros)", orienta.
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