Sobape reforça mobilização para dia D de vacinação contra o sarampo em Salvador

A Sociedade Baiana de Pediatria reforça em todos os seus canais a convocação para o Dia D de vacinação contra o sarampo em Salvador, neste sábado (10). Mais de 80 postos de saúde da rede municipal estarão abertos das 8h às 17h para atendimento gratuito.

"Sarampo é uma doença viral aguda, sem tratamento, porém com vacina altamente eficaz. Só depende de nós o controle", adverte a presidente do departamento de Infectologia da Sobape, Anne Layze Galastri, que é infectologista pediátrica e especialista em vacinas e Medicina de Viagem. O sarampo tem alto poder de contágio, podendo ser transmitido pela respiração, fala, tosse e pelo espirro, uma vez que as micropartículas virais ficam suspensas no ar.

Os sintomas iniciais são febre, tosse, coriza intensa, conjuntivite importante, além de lesões no corpo que inciam-se normalmente na região de rosto e pescoço. A doença pode evoluir de modo mais grave, com pneumonia, convulsões, meningite, podendo levar até à morte.

"O único modo de prevenção é a vacinação. Infelizmente, porém, vemos a redução de adesão à vacinação[...] todas as pessoas sem a vacinação adequada ou sem carteira de vacinação devem procurar a unidade de vacinação mais próxima de sua casa", reitera a infectologista pediátrica, Anne Layze Galastri.

RESTRIÇÕES - A especialista pontua que a são poucas as contra-indicações da vacina, para pessoas em tratamento de câncer, transplantados de órgãos sólidos como fígado, coração, no primeiro ano de transplante de medula óssea, uso de imunossupressores, como prednisona, Infliximabe e outras imunodeficiências e grávidas.

Um panorama recente do Ministério da Saúde mostra que entre 5 de maio e 3 de agosto foram confirmados 907 casos de sarampo no Brasil. Os registros foram feitos nos estados de São Paulo (901), Rio de Janeiro (5) e Bahia (1). Segundo o governo federal, em 43 cidades desses três estados continua a crescer o número de casos confirmados.

A retomada de brasileiros atingidas pelo vírus pode retirar do país a certificação emitida em 2016 pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) por ter considerado que o Brasil havia eliminado a doença.