Sopero apoia curso de formação de tutores no Método Canguru, em Porto Velho

Com o objetivo de estimular o cuidado humanizado ao recém-nascido de baixo peso, o Ministério da Saúde, as Secretarias de Saúde de Rondônia e de Porto Velho, em parceria com a Sociedade de Pediatria de Rondônia (Sopero), promoveram um curso de formação de tutores do Método Canguru (MC) na capital. Mais de 30 profissionais de saúde, entre ele médicos, enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas, receberam o treinamento ente os dias 18 e 20 de março.

O MC é um modelo de assistência perinatal que visa o cuidado humanizado ao recém-nascido (RN) de baixo peso, reunindo estratégias de intervenção biopsicossocial. Dessa forma, busca uma mudança de atitude na abordagem do RN de baixo peso, com um cuidado diferenciado para esses bebês que se estressam e sentem dor.

O Método foi instituído como Política Nacional de Saúde em julho de 2000, publicada na Portaria GM nº693. Hoje, ele foi regulamentado pela GM nº 1.683, de julho de 2007. De acordo com a dra. Telma Márcia Ferreira, coordenadora Estadual do Método Canguru (RO), o modelo brasileiro do MC busca melhorar a atenção perinatal, promovendo contato pele a pele precoce, o que cria maior vínculo entre o bebê e sua família.

“Esses profissionais foram treinados e qualificados para disseminação do Método Canguru, por meio de cursos de sensibilização e oficinas de atendimento humanizado aos bebês e suas famílias. Além disso, foi possível formar uma rede de assistência compartilhada das crianças na terceira etapa do Método, entre a unidade neonatal e a de Atenção Primária”, explica dra. Telma Márcia Alencar, coordenadora do programa em Rondônia.

Segundo ela, a terceira etapa do MC vai desde a alta do bebê do Hospital até ele atingir o peso de 2,5kg. “O bebê, inserido no Método Canguru, pode receber alta quando atinge, no mínimo, 1,6kg. Após isso, ele vai para casa com os pais e deve fazer visitas periódicas ao hospital ou Unidade Básica de Saúde, até que atinja o peso de 2,5kg. Por isso, é muito importante que os profissionais que prestam atendimento a esses bebês saibam como oferecer uma assistência mais adequada”, esclarece a dra. Telma.

APOIO INSTITUCIONAL – De acordo com o presidente da Sopero, dr. José Roberto Vasques de Miranda, o Método Canguru é primordial para promover a atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso. “Anteriormente, os bebês ficavam em incubadoras. Contudo, com a metodologia canguru eles têm esse contato pele a pele com os pais, o que permite um fortalecimento do vínculo. Além disso, traz a sensação de segurança para a criança, propicia um melhor desenvolvimento neurocomportamental e psíquico dos bebês, entre muitos outros benefícios”, pontua.

Os tutores do curso foram os drs. Andréa Castro de Aquino Malaquias; Telma Márcia Alencar de Freitas Ferreira; Valeska de Melo Gonçalves; Aníbal Borin dos Santos; Eliene Maria Lopes dos Santos; Karla Cardoso Coelho; Carine Nonata da Silva; Elileide Fróes Jácome; Rosimari de Sousa Garcia; e Drucila de Sá Soares. Além disso, contou a presença da consultora do Ministério da Saúde, dra. Diva Helena Mendes.