A Sociedade de Pediatria do Tocantins (STOP) acompanha atentamente os desdobramentos da medida do novo Governo do Estado de exonerar 629 médicos contratados da rede pública estadual de saúde. A decisão, publicada no Diário Oficial do Estado do Tocantins no dia 1º de janeiro, afetou ainda vários profissionais da saúde que trabalhavam com contratos temporários em Tocantins e foi motivo de repúdio em nota pública da STOP.
“Hoje nos defrontamos com hospitais de referência como o Hospital Infantil Público de Palmas (HIPP), Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR), Hospital Geral de Palmas (HGP) e os hospitais regionais, com serviços desfalcados, equipes desfeitas. Setores do HIPP e HGP com pacientes graves e sob cuidados intensivos encontram-se completamente sem médicos na escala, sobrecarregando colegas que estão se desdobrando na assistência”, afirma a nota.
CLIQUE AQUI E LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA
Segundo a presidente da STOP, dra. Elaine Carneiro Lobo, a população sofre não apenas na demora no atendimento, mas, principalmente, pela falta de equipes especializadas na assistência de pacientes graves, gestantes de alto risco e recém-nascidos prematuros.
Além disso, a pediatra também reforçou que a filiada tem entrado em contato com as entidades competentes, como o Conselho Regional de Medicina do Tocantins (CRM-TO) e o Sindicato dos Médicos do Tocantins (SIMED-TO), para que providências sejam tomadas. “Estamos solicitando apoio do CRM para os colegas que assumem as escalas desfalcadas e ao SIMED-TO em relação às negociações com o Estado. Essas são as duas entidades mais fortes para nos ajudar nessa luta”, enfatiza a dra. Elaine.
Outra questão trazida na nota é a desvalorização dos médicos, pois essa decisão fere sua dignidade e autoestima, além de desestimular o trabalho do profissional. “Muitos colegas foram deixados de lado sem nenhuma justificativa. A pediatria do estado – conquistada a duras penas, formando especialistas através da Residência Médica e incentivando-os a ficar no serviço público – foi fortemente golpeada. Há dez anos sem concurso público, trabalhando apenas com contratos temporários, o médico se sente cada mais desvalorizado e inseguro”, enfatiza o texto.
RECONTRATAÇÃO – Em 4 de janeiro, o Governo do Estado publicou uma nova lista do Diário Oficial do Estado na qual revoga aleatoriamente a exoneração de 386 médicos, o que representa apenas 61% do total. No dia 8, foi divulgada uma nova lista de recontratações no Diário Oficial, no entanto, as equipes vitais continuam desguarnecidas e os especialistas sobrecarregados.
De acordo com a Presidente da STOP, as recontratações também foram problemáticas porque não priorizaram as áreas de atividades, especialidades e equipes, mantendo setores com desfalques significativos.
“O Governo não se preocupou em analisar em quais áreas esses médicos atuavam, suas habilidades e funções específicas. Gostaria de ressaltar que a STOP se solidariza com cada pediatra exonerado e juntamente com as entidades pertinentes exigimos uma reposta rápida do Governo no reestabelecimento dos serviços e equipes de assistência médica às crianças, que é foco do nosso empenho e maior motivo das nossas lutas”, conclui a presidente.
SBP reforça alerta sobre perigo de desafios online envolvendo cri...
18/04/2025 , 12:3618º Pneumoped: Pediatras reforçam compromisso pelo enfrentamento ...
17/04/2025 , 16:12Síndrome Metabólica: O que o pediatra precisa saber
17/04/2025 , 08:28SBP participa do I Encontro de Saúde da Criança e II Encontro de ...
15/04/2025 , 18:18PED CAST SBP: "Cuidados com a voz da criança"
14/04/2025 , 17:08Inscrições abertas para o exame de Área de Atuação em Oncologia P...
14/04/2025 , 16:32