Suicídio na infância e na adolescência é o tema do novo podcast da revista Residência Pediátrica

A convidada desta quinta-feira (20) no podcast da revista Residência Pediátrica, publicação científica da SBP voltada aos médicos residentes e demais profissionais de saúde, é a dra. Luci Pfeiffer, membro do Departamento Científico (DC) de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). No programa, a pediatra aborda um tema complexo e também considerado um grave problema de saúde pública: o suicídio na infância e na adolescência.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o suicídio como um ato humano de causar a interrupção da própria vida. De acordo com a especialista, quando é feita uma avaliação na criança percebe-se que, muito antes do ato suicida, outros sinais de alerta já estavam presentes.

“Esses sinais podem ser, especialmente, os de autoagressão e de violência auto infligida. Eles são definidos como uma busca de forma frequente ou constante, inconsequente e progressiva de situações de risco pela necessidade, habitualmente inconsciente, de causar dor a si mesmo, sendo seu grau máximo o suicídio”, explica a dra. Luci.

Segundo ela, é preciso que se valorize a queixa da criança, que se tente encontrar a razão ou o porquê de tanto sofrimento e o porquê de ter na morte a concepção de que esse sofrimento irá acabar. “Na criança, a ideação suicida é falsa, no sentido em que ela vai buscar a interrupção do sofrimento, imaginando que com isso a vida seguirá mais tranquila. É responsabilidade nossa [pediatras] atender, identificar, acompanhar e encaminhar qualquer criança ou adolescente com sinais de autoagressão”, destacou.

SETEMBRO AMARELO – Dados do Sistema de Informações em Mortalidade (SIM), mantido pelo Ministério da Saúde, mostram que o número de suicídios cresceu 19% na população de crianças e adolescentes com idades de zero a até 19 anos. O percentual foi observado no período de 2006 a 2016, sendo os estados do Acre, Maranhão, Tocantins e Roraima onde ocorreram maiores variações de incidência.

Em 2017, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio de inúmeras entidades, entre elas a SBP, lançaram a campanha Setembro Amarelo, a fim de estimular a reflexão e as formas de prevenção que impeçam o avanço dos casos de suicídio no Brasil. Esse ano, está sendo conduzida a segunda edição dessa iniciativa.

PRÓXIMOS TEMAS – Para as próximas edições, o cronograma de podcasts da revista RP traz as seguintes participações e temas: o dr. Joel Bressa, presidente do DC de Saúde Escolar da SBP, abordando a escolha entre babá, escolinha ou creche; a dra. Ana Lúcia Ferreira, do DC de Segurança da SBP, discorrendo sobre a prevenção da violência contra crianças; a dra. Márcia Galdino, membro da SBP, falando sobre a sífilis; e o dr. Abelardo Bastos, do DC de Saúde Escolar, com a temática bullying.

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