Publicado em 26 de junho de 2021.
Testar rotineiramente metais em crianças com transtorno do espectro autista é algo que deve ser questionado e evitado. Essa é a conclusão recente da Academia Americana de Pediatria, que publicou esta e outras recomendações a médicos e pacientes dentro da iniciativa Choosing Wisely. Segundo esse documento, o teste deve ser evitado tanto por não haver associação conclusiva dessas exposições toxicológicas com o desenvolvimento do autismo, quanto por que o teste de metais pode ser prejudicial se o tratamento for orientado com base nesses resultados.
Essas recomendações partem do princípio da medicina “primum non nocere”, em latim: primeiro, não prejudicar, como explica o presidente do Departamento Científico de Toxicologia e Saúde Ambiental da Sociedade Brasileira de Pediatria, Carlos Augusto Mello da Silva. “A medicina deve ser usada com sabedoria, poupando a criança ainda mais, pois que ela é um ser em desenvolvimento e já tem ameaças suficientes nessa fase para ter de comportar exposições desnecessárias que não levam a nada”, diz ele.
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