A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB) acaba de lançar a campanha “V de Verdade, V de Vacina”, com o lema “Vacina começa com V de Verdade, de Vitória, de Vida”. A ação tem como objetivo colaborar com a recuperação das baixas coberturas vacinais do País, a partir da conscientização da população em geral, dos profissionais de saúde e dos gestores públicos.
Além de cards e informações que serão divulgadas no site e nas redes sociais das entidades, também serão enviados newsletters aos médicos de todo o Brasil. Um hotsite especial com informações da campanha já está no ar. Nele estarão concentrados todo o material da campanha. Como parte da campanha, a SBP criou o projeto “Pediatra Responde”, para sanar as dúvidas das crianças sobre a vacina contra a covid-19 para a faixa etária de 5 a 11 anos. Os vídeos serão publicados gradativamente nas redes sociais e também no hotsite especial.
Crianças de diferentes localidades do Brasil enviaram vídeos com perguntas sobre a vacinação, cujas respostas foram gravadas pelos membros do Departamento Científico de Imunizações e divulgadas nas redes sociais da instituição.
ACESSE AQUI O SITE DA CAMPANHA
BAIXA COBERTURA - Dr. Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, explica o contexto do nascimento da campanha. “Tivemos a ideia dessa ação por conta da queda nos últimos anos nas taxas de coberturas de todas as vacinas no Brasil. Elas vêm caindo e esse cenário foi agravado pela pandemia de covid-19, já que muitas famílias ficaram receosas de frequentar as unidades de saúde e, por isso, deixaram de vacinar os seus filhos”, analisa.
Em um dos cards, a mensagem frisa a importância do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que foi formulado no Brasil em 1973, e é o maior do mundo. Segundo o texto, são mais de 300 milhões de doses anuais, sendo 43 tipos diferentes de imunobiológicos. Porém, as baixas coberturas vacinais dos últimos anos no País vêm preocupando os especialistas.
“O risco é o retorno de doenças que nós controlamos ou erradicamos justamente em função das elevadas coberturas vacinais. Doenças que há décadas atrás eram responsáveis por enormes taxas de mortalidade infantil e uma expectativa de vida consequentemente muito menor, como: sarampo, coqueluche, difteria, pneumonias, meningites, diarreia, febre amarela, dentre outras. O cenário atual coloca todas essas conquistas em xeque”, alerta dr. Kfouri.
A campanha enfatiza, ainda, o papel e o desafio do pediatra de fazer com que a imunização de crianças e jovens continue sendo referência mundial, com resultados importantes que refletem na saúde da população. “O pediatra sempre foi o protagonista da orientação sobre a vacinação infantil. Ele é o responsável por avaliar a carteira vacinal e recomendar não apenas as vacinas das crianças, mas também de todos os membros da família”, afirma dr. Renato.
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