Vacinação é a melhor forma de se prevenir contra a febre amarela, alerta diretor da SBP

O diretor de Ensino e Pesquisa da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Joel Lamounier, fez um alerta nesta semana sobre a importância da imunização contra a febre amarela por meio da vacina. “Essa é a melhor forma de evitar a infecção pelo vírus da febre amarela, pois a doença é de alta letalidade. Os riscos de uma pessoa ter algum efeito colateral são menores do que a não vacinação”, frisou.

Segundo o especialista, algumas mensagens equivocadas têm circulado nas mídias sociais a respeito de mutações no vírus da febre amarela, o que motivou, inclusive, a divulgação recente de um comunicado oficial do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Na nota, a instituição informa que realizou um estudo no ano passado para acompanhar as possíveis mudanças genéticas no vírus da febre amarela em circulação no País e resultados comprovam que “não há qualquer impacto destas mutações para a eficácia da vacina”.

LEIA AQUI O COMUNICADO DA FIOCRUZ.

O especialista reforça que “a SBP tem colaborado no sentido de divulgar as informações mais corretas possíveis para que os pediatras brasileiros possam orientar seus pacientes, principalmente as gestantes”. Ele lembra, ainda, que em janeiro deste ano os Departamentos Científicos de Imunizações e Infectologia da instituição publicaram um documento científico com os cuidados que devem ser tomados na vacinação de crianças e adolescentes contra a febre amarela.

Dr. Lamounier observa também que a população tem que estar atenta às falsas informações e boatos acerca da imunização. “As informações antigas em nada têm a ver com o momento atual e isso desperta medo e ansiedade na população. Por isso, é importante buscar informações em fontes seguras, como o Ministério da Saúde”, completa.

O médico recomenda ainda que as pessoas evitem frequentar lugares de matas em que há suspeitas ou casos confirmados de febre amarela. “O momento, agora, é de se prevenir contra o vetor de todas as formas, principalmente aquelas pessoas que não se vacinaram”, alerta.

CASO DE MINAS GERAIS – O médico e professor do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rodrigo Bastos Fóscolo, recebeu transplante de fígado na última terça-feira (27), em Belo Horizonte, após ser infectado pelo vírus da febre amarela. Esse tipo de intervenção, conforme explica o dr. Lamounier, é feito em casos extremos e se não ocorrer pode levar a pessoa a óbito.

“É muito difícil para uma equipe médica definir o momento do transplante, pois há muitos riscos e é preciso que o paciente tome medicamentos para evitar a rejeição do órgão transplantado”, explicou o dr. Joel.

Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG), dos 264 casos confirmados no Estado desde julho do ano passado, 96 levaram o paciente a óbito. Outros 589 casos estão em investigação.

ACESSE AQUI O BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO SOBRE A FEBRE AMARELA EM MG.

LEIA AQUI A NOTA INFORMATIVA DA VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA DA FEBRE AMARELA EM MG.

Dentre os casos em investigação, há registro de 11 pacientes com histórico de vacinação prévia e exame positivo para febre amarela. Esses pacientes permanecem em investigação para levantamento de informações clínicas e epidemiológicas fundamentais para conclusão dos casos.

De acordo com o boletim, atualmente, há uma comissão investigando os casos suspeitos de febre amarela com histórico de vacinação prévia, com a participação do Ministério da Saúde. “A maioria dos casos está acometendo jovens. É preciso que essa parcela da população busque os meios de prevenção”, orienta o dr. Joel.

*Com informações do jornal Estado de Minas.

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