Vice-presidente da SBP defende na TV Globo o diagnóstico precoce de casos de transtorno de espectro autista

Timidez, hiperatividade ou autismo? Dois milhões de famílias no Brasil convivem com o transtorno do espectro autista. No programa Bem-Estar (TV Globo), o 1º vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr Clóvis Constantino, defendeu que sejam oferecidas condições para o diagnóstico precoce da doença, o que, segundo ele, pode ter impactos positivos no desenvolvimento das crianças que têm o problema.

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Durante o programa, exibido no dia 22 de junho, foram apresentados da Lei nº 13.438, já sancionada pelo Palácio do Planalto, que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a adotar um protocolo padronizado para ajudar no diagnóstico. O questionário contém cerca de 20 perguntas que avaliam os riscos ao desenvolvimento psíquico de crianças de até 18 meses; período em que o sistema nervoso está em formação. Para os especialistas, a expectativa é de que essa norma evite o diagnóstico tardio, comprometendo o futuro dos pacientes.

Questionário - O protocolo inclui perguntas simples, mas fundamentais para detectar a doença. São perguntas como: seu filho olha para você no olho por mais de um segundo ou dois? Seu filho sorri em resposta ao seu rosto ou ao seu sorriso? O seu filho imita você? A partir do comportamento da criança examinada é possível traçar um perfil que pode, ou não, se encaixar no diagnóstico.

Transtorno do espectro autista é um problema que ocorre no desenvolvimento da primeira infância, caracterizando-se por dificuldades na comunicação e interação social. Não há só um tipo de autismo, mas graduações dentro desse transtorno de desenvolvimento. Um espectro abrange diferentes gradações, intensidades.

Distúrbios - Os transtornos do espectro autista podem afetar todo o organismo e por isso serem confundidos com outros problemas isolados. As crianças podem ter convulsões, distúrbios do sono, ansiedade, transtornos alimentares, TDAH, distúrbios de linguagem.

Crianças com transtorno do espectro autista têm direito a um tratamento com médicos especialistas, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais que cuidem dos problemas físicos, da saúde mental e que também tenham preparo para ajudar a família a treinar novos comportamentos. A terapia comportamental é a intervenção com maior comprovação científica. (Com informações do G1)